A Arte de educar nos dias de hoje!
Por Fernanda Magliaccio
Antigamente, a dinâmica familiar era um pouco diferente do que vivenciamos hoje. A mãe era a pessoa que tinha a função de cuidar da casa e dos filhos e o pai era o chefe da família, o provedor, a autoridade maior perante os filhos.
Hoje, com a independência da mulher, com seu crescimento profissional e com a necessidade do auxílio no orçamento doméstico, o seu papel teve muitas mudanças. Ela ajuda o homem a sustentar a casa e ainda é responsável pelas atividades domésticas, além de cuidar e educar os filhos. Fica aqui uma pergunta: como é possível trabalhar fora, cuidar da casa, do marido, educar os filhos e ainda arrumar tempo para si mesma?
Para mim, como mulher, mãe e profissional (sou psicóloga), com essa sobrecarga, é praticamente impossível essa conciliação ser feita com perfeição.
Há quem pense que as mulheres que abandonam suas vidas profissionais conseguem se sentir mais realizadas por estarem exercendo o papel de mãe em tempo integral e há também as que pensam que as mães que continuam no mercado de trabalho se sentem mais felizes e realizadas, pois, ao mesmo tempo que são mães, ainda são profissionais que tem seu valor no mercado de trabalho.
As duas possibilidades trazem insegurança e o medo de não fazer um bom trabalho na maternidade. A mãe que trabalha fora tem suas obrigações com horários em que estará ausente fisicamente e a mãe que fica em casa com o filho também tem suas obrigações, sendo que muitas vezes suas ausências são internas, ou seja, a mãe está fisicamente com a criança, mas ao mesmo tempo está com a cabeça em outro lugar, focando em outra coisa.
O mais importante na criação dos filhos é dedicar um tempo no seu dia para ficar com os filhos de corpo e mente. Rir, brincar e dedicar-se a eles. Pode parecer chato ou até mesmo duvidar que podem se divertir com as brincadeiras com os filhos, mas acredite, é possível!
Os filhos precisam da presença dos pais para agregar seus valores, sentir sua proteção e aceitar os seus limites. É muito comum os pais sentirem-se culpados por essa ausência e para amenizar essa culpa, os compensa de forma errônea, cedendo a seus pedidos e fazendo suas vontades, transformando-os em “pequenos tiranos”.
Os pais devem tomar muito cuidado em não deixar a tarefa de educar e colocar limites para a escola. São os pais que, com muito amor, carinho e paciência, precisam exercer esse papel. Por mais bem estruturada que seja a instituição de ensino, ela possui um propósito diferente para a criança, sendo este inicialmente o de socialização e alfabetização.
Claro que sabemos que educar não é fácil, não há uma receita de bolo para que possamos educar nossos filhos, porém com muito amor e dedicação nosso trabalho tem tudo para dar certo.