Leo foi um bebê alérgico à proteína do leite de vaca. Em função disso, nós tivemos o maior cuidado do mundo pra introduzir qualquer alimento alergênico – ovos, amendoim, etc… – na sua dieta.
E, na verdade, a regra para vários alimentos alergênicos era de que não deveriam ser introduzido antes de 1 ou 2 anos de idade. Mas essa tão conhecida regra vem mudando. Agora, a Academia Americana de Alergia, Asma e Imunologia alerta que o quanto antes apresentar os alimentos alergênicos para nossos filhos, desde que após 6 meses de idade, melhor. Isso mesmo!
A conclusão veio após um estudo canadense (em inglês) que acompanhou 1,421 crianças. Entre elas, os bebês que receberam os alimentos alergênicos antes do primeiro ano de vida estavam menos propensos a desenvolverem sensibilidade a esses alimentos, do que os demais (a sensibilidade é o primeiro passo para uma alergia).
Sendo assim, a introdução precoce de leite de vaca, soja, amendoim, nozes, ovos, trigo, peixe, marisco e até gergelim é benéfica (mas vá com calma! Esse cardápio deve ser apresentado em pequenas quantidades e aos poucos, para que assim a gente possa acompanhar qualquer reação mais forte. E claro, SEMPRE COM A ORIENTAÇÃO DO PEDIATRA).
Ah, sobre o amendoim, existe um estudo só dele – é o LEAP (em inglês) – e a regra é a mesma. O quanto antes o alimento for apresentado, menor o risco de uma alergia e nesse caso as chances diminuem em até 80%.
Para orientar as mamães, a Academia Americana também criou algumas dicas da melhor forma de incluir novos alimentos no cardápio, que achei bem válida:
- No início dê para o seu filho um novo alimento a cada três a cinco dias;
- Começar o “cardápio de degustação” com grãos, legumes e frutas amarelos ou laranjas é uma boa pedida;
- Sobre os alimentos da lista dos alergênicos vá devagar, ofereça primeiro em pequenas quantidades, quando estiver em casa e fique de olho em qualquer reação. Depois vá aumentando a porção ao longo dos dias.
Porém, essas orientações são para introduzir os alimentos não se esquecendo de que o aleitamento materno exclusivo é o indicado até o sexto mês de vida dos pequenos e complementar até 2 anos. E em casa de dúvida, sempre vale aquela conversa com o pediatra.
Sobre a alergia alimentar:
A alergia alimentar nos bebês se dá por meio de um processo inflamatório e pode se desenvolver em diferentes partes do copo, como pele, mãos, boca, olhos e nariz, ou então, causando reações respiratórias (falta de ar, chiado, etc…) ou gástricas (diarréia, prisão de ventre, fezes com muco ou até sangue). Quando o alimento dá alergia é comum surgir vermelhidão, coceira, bolhas, olhos, bocas e língua inchados e em casos mais graves dificuldades até para respirar (para nosso desespero). E esses sinais podem surgir até dias depois que o alimento foi ingerido.
Tem um vídeo bem legal do pediatra e homeopata Moises Chencinski que fala um pouco mais sobre o assunto. Confira!
Veja também esse vídeo sobre introdução alimentar: