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Autismo: dá para perceber alguns sinais logo nos 3 primeiros anos de vida

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Desde o nascimento do Leo, em que meu convívio com outras mães passou a ser mais frequente, tenho ouvido falar bastante sobre autismo. A mídia também tem divulgado esse assunto que infelizmente, ainda é cercado de dúvidas e tabus.

Por isso, resolvi no post de hoje, falar sobre alguns sinais importantes que nossos filhos podem apresentar antes dos 3 anos de vida e que têm relação com o distúrbio.

Por que tantas dúvidas sobre o autismo?

Não somos só nós, mães, que temos dificuldades em entender o autismo, a própria medicina caminha para lidar melhor com essa situação. Até agora, o que se sabe é que o autismo é um transtorno global do desenvolvimento com múltiplas causas, ou seja, a criança pode ter autismo por motivos genéticos e biológicos.

autismo
Photo Credit: Ah Wei (Lung Wei) Flickr via Compfight cc

O distúrbio do autismo tem três características marcantes que são elas: dificuldade de convívio social, dificuldade em se comunicar e um comportamento restritivo ou repetitivo (abaixo trago alguns exemplos dessas situações). Tudo isso acontece por que existem falhas nos neurônios que coordenam a comunicação e os relacionamentos sociais.

O autismo é tão particular que não é possível criar um padrão da doença, já que ele tem graus de comprometimento diferentes. Por exemplo, uma criança pode ser diagnosticada com autismo leve quando ela tiver um dos sintomas acima, mas sem comprometimento na fala. Já em casos graves a criança não consegue manter um contato pessoal, tem retardo mental e pode até se tornar agressiva.

Como o autismo infelizmente ainda não tem cura, quanto antes os pais e médicos descobrirem o distúrbio, melhor será o tratamento que podemos oferecer à criança e assim os neurônios podem receber mais estímulos.

Por questão de curiosidade, nos Estados Unidos, é comum o diagnóstico de autismo ser feito até os 3 anos, já no Brasil, essa mesma conclusão costuma ser identificada na criança somente aos 5 ou 7 anos.

Fique atenta há alguns comportamentos que podem indicar o autismo (e, no caso de dúvidas, sempre converse com o pediatra do seu filho que poderá orientá-la adequadamente)

Claro que como pais é impossível fazermos um diagnóstico de um problema tão peculiar (desde que não sejamos médicos), mas dá para prestar atenção em algumas características que devem ser informadas o quanto antes ao pediatra. Sendo assim, fique alerta quando:

  • o bebê evitar o contato visual, seja na hora de amamentar ou do banho, por exemplo;
  • é comum ainda no bebê com autismo não acompanhe com o olhar a movimentação da mãe ao longo do dia;
  • se a criança não mudar a expressão quando um adulto fizer brincadeiras faciais também é outro sinal do distúrbio;
  • os bebês com autismo preferem ficar deitados no berço, ao invés do colo (eles parecem se sentirem irritados com o aconchego);
  • quando maior, a criança passa a não atender pelo nome;
  • na presença de outras pessoas ela se isola;
  • o bebê tende a ficar parado em posições estranhas, já ao crescer um pouco geralmente o distúrbio deixa a criança agitada, ela não para quieta, mexe em tudo, o tempo todo;
  • outra característica bastante particular do autista é não apontar o dedo para mostrar um objeto que ele quer, mas te pegar pelo braço para te levar até ele;
  • o autista tende a brincar de forma diferente (um relato bastante comum é do menino que vira o caminhão e fica apenas girando a rodinho dele);
  • é comum a criança chorar por motivos simples;
  • se machucar sério e não apresentar dor;
  • assim como ter regressão na fala (começou a falar bem, mas depois de um tempo parece que ao invés de evoluir voltou somente a resmungar).

Um tratamento especial para cada criança

Como o distúrbio não se desenvolve da mesma forma em toda criança o tratamento também não é o mesmo. Cada paciente terá cuidados individuais para desenvolver as necessidades ou deficiências que tiver. Alguns podem fazer o uso de medicamentos, já outros serem encaminhados somente para a terapia. O fundamental é tanto a criança, quanto a família, ter atendimento e orientação especializada para viver da melhor forma possível essa nova descoberta.

 

Se você quiser saber um pouco mais sobre o autismo, no site do AMA (Associação de Amigos do Autismo) tem uma cartilha gratuita que aborda o assunto. É uma leitura prática e rápida que pode nos ajudar bastante a lidar com essa situação.

Outra dica é acompanhar o maravilhoso blog Lagarta Vira Pupa, da minha querida amiga Andréa, a mãe do Théo, um fofíssimo garotinho autista de 8 anos.

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