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Como tratar assaduras (e algumas pomadas testadas)

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assaduraO Léo teve alguns episódios de assadura memoráveis. E para minha tristeza, está passando por outro desses. Como ele tem APLV, vira e mexe a gente introduz algum alimento que irrita o intestino mais sensível dele e aí a bagunça está feita. Ou então já teve o caso dele ter que consumir antibiótico por um período e também ficar com o intestino mais solto. Enfim, motivos diversos que levam a assaduras bem difícieis de tratar.

Desde sábado à tarde, o bichinho está fazendo muito cocô e aí o bumbum, que por mais que a gente cuide não tem jeito, está super assadinho. De dar dó ao limpar. De cortar o coração.

O que eu estou fazendo é tentar descobrir com o pediatra a causa da diarréia, para tratar, e cuidando da assadura para ver se ela melhora o quanto antes ou para, pelo menos, não piorar.

Bom, mas nessas minha experiências de assaduras punk eu aprendi alguns macetezinhos que hoje trago aqui para vocês. Não tem nenhum segredo de outro mundo, são todas coisas que são de conhecimento popular, mas é sempre bom a gente rever para o caso de uma emergência aparecer (o que não é nada raro em se tratando de assaduras).

Bom, vamos às coisas que ajudam no tratamento de assaduras:

Fugir dos lenços umedecidos, pois os produtos utilizados na sua composição podem piorar o machucado (detalhe: é bom fugir dos lenços umedecidos em qualquer situação. Crianças com pele mais sensível podem ter assadura pelo uso contínuo do lenço. Ou seja, o lenço pode não só piorar como causar a assadura ou até uma alergia).

Dar prioridade para limpar o bumbum do bebê com água e sabão exclusivamente (sabão para uso infantil e em muito pouca quantidade), na banheira, chuveiro ou pia. Apenas passando água e o sabão tem menos atrito do que passando algodão com água e isso ajuda a amenizar a irrtação. Mas no caso desse tipo de limpeza não ser possível (você estando for de casa, por exemplo), utilize o algodãozinho com água sem peso na consciência, pois ele é muito melhor que os lenços umedecidos.

Seque bem a pele do bebê após a limpeza. Uma dica é secar com secador de cabelo, numa potência fraquinha e com o ar frio, para não machucar. Se você limpar super bem o bumbum do pequeno, mas deixá-lo úmido, a assadura não melhora (e pode até piorar). Se o secador não for viável, vá encostando devagar uma fraldinha bem macia em cima, para absorver o excesso de umidade (é encostar, não esfregar, viu!).

Mantenha a área sempre seca e livre de cocô. Não tem jeito, quando há assadura, as trocas tem que ser mais frequentes, muito mais frequentes. Cocô deixado na área é um veneno para a assadura, tem que tirar no instante que o bebê fizer ou assim que você perceber. O xixi também irrita, então o quanto mais você trocar a fralda, melhor. Só que no ato da troca tem que tomar os cuidados acima, para não irritar em vez de ajudar.

Se possível, deixe seu filho sem fralda por um tempo. Assim, a pele consegue “respirar” um pouco, não fica abafada e úmida, e o problema pode ser resolvido com mais rapidez.

Use produtos adequados para o tratamento de assaduras (que normalmente são feitos à base de óxido de zinco, vitainas A e D, lanolina, calêndula e óleos). Há vários produtos no mercado que ajudam no tratamento de assaduras. Eu testei alguns aqui em casa e vou deixar abaixo a minha opinião. Não é uma verdade plena e absoluta, porque como já estou careca de dizer, cada bebê é um bebê, mas optei por compartilhar a minha experiência, daquilo que funcionou e não funcionou aqui, porque talvez possa ajudá-las.

Hipoglós: testei a versão normal e não gostei muito. Achei o cheiro forte e difícil de espalhar. Como o Léo tem a pele super sensível, achei que ela não protegeu direito e acabou deixando ele ficar vermelhinho.

Bepantol: comprei de tanto ouvir falar que ela é ótima. De cara, gostei da consistência, ela me deu a impressão de fixar bem e não era difícil de passar. Só que como testei quando o Léo estava bem assado, o resultado não foi legal. Não vi melhora nenhuma. Mas é o que eu digo: aqui em casa não funciou, mas há uma legião de mães super fãs do produto. Eu prefiro não utilizar mais. Pontos negativos: ela é cara (a bisnaga com 30g sai em torno de 17 reais) e a embalagem não é prática (é daquelas tampinhas de tirar e por, e essa da Bepantol é mais chatinha de colocar de volta que as demais que testei).

Desitin Rapid Relif: essa pomada não vende no Brasil, mas eu trouxe lá de fora e é a pomada que eu sempre usei com o Léo no dia a dia. Eu sempre a achei excelente, porque ela ajuda mesmo a evitar assaduras, mas nos períodos de crise, quando o cocô dele parece resíduo de uma usina nuclear, ela não foi muito boa, ou seja, não resolveu o problema.

Ainda, existe a versão de tratamento dela, que dizem ser excelente para esses casos, que é a Desitin Maximum Strengh (do pote roxo, a de uso diária é a do pote azul), mas essa nunca testei (como é uma das mais vendida nos EUA para os casos de tratamento de assadura, um dia ainda quero experimentá-la para tirar a prova). Pontos negativos: a versão de prevenção não funciona no tratamento de assaduras super fortes (as simplesinhas sim) e não vende no Brasil (mas comprando lá fora o preço é ótimo). Ah! As opções de embalagem também são ótimas: a pomada é super fácil de abrir e fechar (tampa não precisa ser retirada, é só abri-la puxando para cima) e tem também a versão potão, que dá para deixar na gaveta e pegar com facilidade quando precisa.

Creme para assaduras da Weleda: num dos momentos de desespero, de assaduras históricas, resolvi experimentar e gostei muito. De todas as testadas, foi a que funcionou melhor. Hoje eu sempre tenho uma bisnaguinha dela em casa e passo à noite ou quando a assadura começa a aparecer (deixo a Desitin para prevenção, pois a Weleda é salgadinha e aí não tem bolso que aguente  usar sempre). Pontos negativos: é cara (a bisnaga de 75ml gira em torno de 24 a 30 reais) e eu não acho a embalagem das melhores (tem tampa de rosquear, o que eu não gosto).

Dersani Baby: é um óleo para assaduras. Como é óleo, eu não acho muito prático de usar no dia a dia (faz uma meleca danada), mas quando o Léo está assado, acho até mais fácil, pois aí não fricciona na hora de aplicar e ele não reclama tanto. Testei em um dos episódios de assadura forte e tive a impressão de que ajudou bastante. Pontos negativos: por ser óleo, não é pratica de aplicar no dia a dia, e também não é das opções mais baratas (a embalagem de 50mls fica em torno de 14 reais).

Outras dicas importantes para o tratamento de assaduras

Fale sempre com o seu pediatra: 
Seu filho teve uma assadura daquelas feias, de assustar mesmo? Vale a pena ligar para o pediatra e ver o que ele indica fazer ou se vocês conseguem descobrir juntos a causa do problema. Muitas vezes, não adianta você tratar a assadura se não agir sobre a causa dela, ou seja, aquilo que está causando a diarréia. Ainda, há casos em que a assadura evolui para probleminhas mais sérios, como uma candidíase ou uma infecção bacteriana (falo mais sobre isso abaixo), aí não tem muito como escapacar, você precisa falar com o pediatra.
Ainda, muitas mamães costumam utilizar pomadas a base de Nistatina e Óxido de Zinco, que funcionam super bem para assaduras. Entretanto, como essa pomada é considerada um medicamento, eu optei por não inseri-la na lista de pomadas e cremes acima, mas aqui, junto com a indicação de que um pediatra deverá ser consultado antes do uso da mesma.

Evite a assadura:
Melhor do que tratar a assadura é evitá-la. Para isso, há algumas dicas básica.

  • Faça troca de fraldas constantes, não deixando o bebê com cocô nunca e sujo de xixi pelo menor tempo possível (as fraldas absorvem o xixi, mas a área continua um pouco úmida).
  • Evite oferecer para ele alimentos que você sabem que soltam demais o intestino dele ou que deixam o cocô dele mais ácido.

Por que é importante evitar/tratar a assadura

Primeiramente porque ela é um incômodo super desagradável para o bebê, que o deixa irritado e interfere até no sono e na alimentação. E depois porque se a assadura não for tratada, ela pode virar um problema mais sério, como uma micose (ex: candidíase) ou uma infeção bacteriana. As micoses causadas pela cândida são mais comuns em bebês que estejam tomando antibióticos (o Léo teve isso), pois esses medicamentos atacam também as bactérias boas que evitam a proliferação de fungos. A micose causada pela cândida começam com pontinhos vermelhos e se proliferam até formar uma placa vermelha (aconteceu exatamente assim com o Léo e foi bem rápido).

Já as infecções causadas por bactérias provocam o surgimento de placas amarelas e espinhas de ponta amarela e podem causar febre. Fonte: site BabyCenter

Nesses dois casos específicos, assim que forem detectados os sintomas (pontinhos vermelhos e placas ou espinhas amarelas) o pediatra deve ser contatado imediatamente, pois os cremes e pomadas tradicionais para assadura não tratam o problema.

E, de qualquer forma, sempre que você estiver desconfortável com a assadura do seu bebê, contate o pediatra e veja o que ele indica fazer. Ele é SEMPRE a pessoa mais indicada para você recorrer quando sugir qualquer dúvida relativa a saúde do seu filhote.

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