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A decisão de viajar com um bebê

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Viagens. Ah, viagens! Se tem uma coisa que eu amo nessa vida é viajar. Acho que essa experiência enriquece a nossa alma, nos ensina (e como ensina!), nos mostra uma forma diferente de ver o mundo, as pessoas, as diferenças, dentre tantas outras coisas muito, muito, muito bacanas.

Eu adoro dizer que ninguém gasta com uma viagem. A gente investe! E em se tratando de viagens com filhos acho que isso é ainda mais válido.

Já publiquei um vídeo lá no Canal MdM no qual eu falo como é importante e vale a pena viajar com crianças e do quanto eu quero fazer mais e mais isso com os meninos.

Mas enquanto eu não consigo fazer novas e diferentes viagens, eu abri espaço, aqui no blog, para outras mães aventureiras e com gosto pela escrita como eu compartilharem as suas experiências.

E assim, hoje eu trago o primeiro texto, escrito pela Gisele, mãe da Alice. No seu primeiro texto fala sobre a decisão de viajar com um bebê (no caso, a sua filha Alice). O texto está lindo, envolvente, divertido e cheio de informações úteis. Não deixem de conferir!

E à Gisele o meu muito obrigada por topar compartilhar informações tão ricas e úteis.

A Decisão de Viajar Com um Bebê

Por Gisele Bridi Dallazuanna

 

E na manhã gelada do dia 31 de agosto nasceu a Alice. Para nos encher de vida, amor e.… Uma vontade imensa de viajar!

Meu marido, Henrique, e eu, Gisele, sempre gostamos de viajar. Juntos há sete anos, já percorremos alguns quilômetros dentro e fora do Brasil. Nossas últimas férias, fizemos um tour pela Europa. Foram doze dias de uma maratona que passou por Veneza (Itália), Praga, Cesky Krumlov, Karlov Vary (República Tcheca), Vienna, Hallstat (Áustria), Bratislava (Eslováquia), Budapeste (Hungria), Munique e Berchtesgaden (Alemanha). Na época, eu estava grávida de quatro meses, mas empinava uma barriga que parecia ser de seis meses (a foto não me deixa mentir). Sim, houve toda a preocupação de viajar grávida. Tomei os cuidados necessários, segui a orientação do meu obstetra e a viagem foi tranquila, foi linda!

Alguns dias antes da Alice completar dois meses. Eu estava entregue completamente ao mundo materno. Não conseguia pensar em nada além da minha bebezinha. Não sei o que deu no meu marido nesse período, mas ele estava obcecado em procurar uma boa oferta de passagem aérea para planejar as próximas férias. No dia primeiro de novembro, ele com a tela de confirmação de compra de passagens aberta, tentava me convencer: “Porque não aproveitar? Até os dois anos a Alice ela não paga a passagem! ” (Sim, ele é mão de vaca…). Bem, não sei que loucura me deu (acho que foram os hormônios do puerpério), falei para confirmar a viagem.

Lá vai a primeira trapalhada do papai de primeira viagem… Henrique esqueceu de marcar a opção que informa que irá viajar com bebê de 0 a 23 meses. E esse detalhe é muito importante. Afinal, não é porque o bebê irá viajar no colo dos pais, que não precisa informar a companhia aérea. Como qualquer outro passageiro, o bebê precisa de um cartão de embarque. E apesar de não precisar pagar o valor integral da passagem, em voos internacionais é cobrado um percentual da tarifa do adulto. Por isso é interessante marcar essa opção já no momento da busca da passagem. Ainda bem que esse probleminha foi resolvido com uma ligação para central de relacionamento com o cliente. A compra foi cancelada e o Henrique pode refazer as reservas, dessa vez incluindo a pequena Alice.

Uma dica, quando viajar com crianças, seja elas de colo ou não, viagem nacional ou internacional… Vale a pena entrar em contato com a companhia aérea para saber o que é oferecido e quais são as regras para viajar com crianças. Alguns serviços como alimentação especial, precisam ser solicitados no momento da reserva. Crianças de até 2 anos podem viajar no colo dos pais. Mas é possível adquirir um assento para o bebê, no qual é colocado o bebê conforto (isso mesmo, o bebê conforto que é levado no carro). Há também companhias que disponibilizam um bercinho para o bebê.

Importante informar-se sobre a bagagem. Em voos internacionais, crianças de colo, que não ocupam acento, tem direito a despachar 10 Kg de bagagem. Na bagagem de mão é possível levar alimentos, como papinhas, apenas na quantidade que será consumida durante a viagem. Há restrições para líquidos e remédios. O carrinho do bebê pode ser levado como bagagem de mão. Todas essas informações são encontradas nos sites das companhias aéreas. Não vou me estender muito sobre esse tema, pois quero dedicar um post exclusivo sobre a bagagem da Alice.

Vamos viajar com a Alitalia, que cobra uma taxa para reservar assentos mais espaçosos nas primeiras fileiras e não oferece bercinho. Henrique até queria comprar esse assento especial para que eu pudesse viajar com mais conforto com a Alice. Mas recordei que na nossa primeira viagem internacional, havia um casal com uma bebezinha que deveria ter no máximo uns 7 meses. A mãe foi nesse assento especial com a bebê e o pai ficou algumas fileiras atrás. Durante todo o voo, a mamãe zelosa cuidou da sua bebê que quase não dormiu. E o papai?… Ah, o papai desfrutou do vinho servido a bordo, assistiu filmes e dormiu muito bem. Então, para não correr o risco de cuidar da Alice sozinha e evitar estresse com o papai, preferi viajar lado a lado do Henrique. Afinal estamos no mesmo barco, ou melhor, no mesmo voo. Pelo menos na ida será assim, pode ser que na volta eu mude de ideia.

Nosso voo é São Paulo-Madri, com escala em Roma. Como já conhecemos Madri, de lá viajaremos para Portugal. Moramos em Cascavel-PR e já é uma viagem para chegar em SP.  Bem, você pode estar achando uma loucura essa viagem. Eu pensei em desistir cinco minutos após a confirmação das reservas e às vezes me pergunto: Que loucura estamos fazendo? Não estamos indo para a casa da vovó em Santa Catarina. São horas de voo e aeroportos. Mas aí eu controlo minha ansiedade (sim, sou ansiosa pacas!), respiro fundo…  Não pode ser tão difícil viajar com um bebê que terá seis meses na data da viagem, não é mesmo?

Para falar bem a verdade, não sei bem o que nos espera. Alice é uma bebê muito tranquila, mas quem sabe qual vai ser sua reação durante a viagem? Sempre gostei de planejar todos os detalhes. Com um bebê não pode ser diferente. Mas como planejar uma viagem nos mínimos detalhes com um bebê que toma o tempo vinte e quatro horas por dia? Serão vários os desafios, eu sei. Muitas preocupações batem desde já. Mas tenho certeza que será a melhor viagem das nossas vidas. A primeira de muitas (espero eu), com a nossa melhor companhia… Nossa filha!

Vou relatar um pouquinho de como vai ser essa aventura. Espero incentivar outras famílias a viajarem com seus bebês. Porque é possível viajar com filhos sim!

Um abraço, Gisele Bridi Dallazuanna

Sobre mim: Oi eu sou a Gi, algumas pessoas chamam de Gisele. Casada com o Henrique, com quem vivo junto há sete anos, temos três cachorros: Dasa, Tina e Tião. No mês de agosto do ano passado fomos abençoados com o nascimento da Alice, nossa primeira filha. Amo viajar, conhecer lugares novos, comer e escrever. Administradora por formação, atualmente mamãe apaixonada em tempo integral. Estou descobrindo que é possível continuar a fazer tudo o que gosto na companhia da pequena Alice. Ultimamente meus assuntos preferidos são sobre maternidade, bebês e viagens. Ah, quer me ver feliz? Fácil, me alimente com algo bem gostoso ou me convide para uma viagem.

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