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Em 2013 eu quero ser menos mãe

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– Oi? Será que é isso mesmo que eu li? Entendi certo?
Tenho certeza que muita gente anda se fazendo essas perguntas. Mas é isso mesmo. Entre um dos meus planos para 2013 está ser menos mãe.
Pode parecer loucura, devaneio, falta de amor ou qualquer coisa parecida. Mas é disso que eu e minha família estamos precisando nesse momento.
 
Eu sempre fui, desde criança, uma daquelas pessoas que se dedica de corpo e alma a tudo que faz. Algo que beira a neurose e a insanidade (risos!). Eu mergulho de cabeça, me entrego 100%. Dou tudo de mim. E só volto a respirar quando o trabalho, projeto, atividade ou o que quer que seja termina. Mas filho não passa, né! Filho é para sempre. Então, está mais do que na hora de começar a dosar as coisas.
 
A minha entrega completa ao papel de mãe começou enquanto o Léo ainda estava na minha barriga. Quando descobri a gravidez eu cumpria aviso prévio (havia pedido demissão para buscar novos desafios profissionais) e optei por não voltar a trabalhar. Preferi  viver esse momento único em toda sua plenitude e não me arrependo nem um pouco. Foi ótimo.
 
Mas aí o Léo chegou. E junto com ele aquela loucura toda que só quem é mãe sabe e entende: noites sem dormir, rotina virada do avesso, alegrias, medos, preocupações, tempo zero para a gente, tempo zero para o marido, tempo zero para tudo. Tudo muito, muito, muito intenso, 24h por dia, sete dias por semana. Sem folga alguma. E lá estava eu, sempre vestidinha com o meu uniforme de “dedicação total a você”, sempre alerta, sempre pronta para correr, acudir, resolver. E para completar tudo isso, a cerejinha do bolo, muito pouco preparada para receber ajuda, algo que é imprescindível nesses primeiros meses com um bebê em casa.
 
Então, no final do ano passado, resolvi parar. Tirar um tempo para fazer o tradicional balanço anual e pensar no que estava legal e no que precisava ser diferente em 2013. E entre as coisas que eu percebi, estava o fato de eu estar sentindo falta de mim. Eu fui tanto mãe nos últimos meses que andei deixando de ser eu. Sei que tudo isso é normal, é comum, não é o fim do mundo e nunca matou ninguém na história da humanidade, mas não custa nada a gente tentar buscar um pouco de equilíbrio. Afinal, isso é importante para nós, para a família e por consequência é importante e benéfico para nossos filhos.
 
Em 2013, a Shirley MÃE continuará a postos, pois essa agora sou EU. Mas essa nova EU também vai dar uma folguinha para que a Shirley leitora, a Shirley que gosta de correr, a Shirley que curte escrever e trabalhar, a Shirley que adora encontrar as amigas, a Shirley que ama cinema e a Shirley que está com saudade do marido também possa se divertir de vez em quando.
 
Então mamães, depois de todo esse desabafo, aproveito para deixar aqui o meu desejo de ano novo para todas vocês: que 2013 seja um ano de EQUILÍBRIO. Pois é só através dele que nós conseguimos ser inteiras!
 
FELIZ 2013!!!!! Tudo de bom para vocês sempre! 

 

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