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Gravidez Ectópica

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Nos primeiros ultrassons que fiz, tanto na gestação do Leo quanto agora, uma das coisas que o obstetra costumava observar era se o embrião estava implantado no local correto – dentro do útero – ou se tratava-se de uma gravidez ectópica. Graças a Deus, nos dois casos, o embrião estava no lugar certinho e o risco de gravidez ectópica estava descartado.

Mas o que é, afinal, uma gravidez ectópica. Como citei acima, é a gravidez que se desenvolve fora do útero, ou seja, quando o embrião implanta-se em algum outro local do aparelho reprodutor, mas mais comumente em uma das trompas (95% dos casos).

gravidez ectopica
Photo Credit: bies via Compfight cc

 

Uma gravidez ectópica é uma situação de risco, infelizmente. Não há chances do embrião sobreviver – ele tem que ser removido – e ainda há a possibilidade dela não ser identificada a tempo e acabar rompendo a trompa onde está instalada e, assim, causar uma hemorragia interna e colocar a vida da gestante em risco.

A gravidez ectópica é identificada através do exame de ultrasson ou, então, por meio dos seus sintomas: sangramento e dor súbita e forte, principalmente de um dos lados da barriga e que vai se espalhando pelo abdome. Esses são os sintomas mais comuns e costumam ocorrer cerca de duas semanas após o atraso menstrual entretanto, ainda há outros que podem ser relacionados ao problema: transpiração excessiva, tontura, diarréia, sangue nas fezes, desmaio e dor no ombro (se houver hemorragia interna e essa estiver atingindo o diafragma).

A maior parte das gestações ectópicas são identicadas antes da trompa romper e aí é possível agendar uma cirurgia para a retirada do embrião, entretanto, se não for identificada a tempo e houver o rompimento, o ideal é se procurar um hospital o quanto antes, para garantir o tratamento adequado a tempo de evitar maiores complicações.

Abaixo, trago para vocês o relato de uma leitora que passou por uma gravidez ectópica. Vale a pena ler o seu depoimento para informar-se e entender melhor o problema.

Gravidez ectópica – relato da leitora

Dia  27/06/14 resolvi ir até um hospital, por conta de uma dor pélvica que apresentava-se somente do lado direito. Parecia uma cólica e como eu suspeitava estar gravida, o médico pediu pra que eu fizesse o exame de sangue pra confirmar e aí investigar o motivo da minha dor. O resultado do exame foi positivo e logo fiz o ultrassom. Fiquei um pouco aflita, por que não foi possível ver o embrião e muito menos ouvir o coração, que só e possível por volta das 6 semanas de gestação, mas resolvemos aguardar.

Por conta disso, de não ver o embrião nesse primeiro exame, resolvi não contar a ninguém sobre a gravidez até que eu fizesse o próximo ultrassom e tivesse certeza que estava tudo bem. Referente à dor que eu estava sentindo, me receitaram um remédio pra dor e mais nada.

No dia 1/07, de um minuto para o outro, senti uma dor muito forte e acabei desmaiando. Fui levada ao hospital e atendida às pressas. O médico me examinou e já me mandou para enfermaria tomar medicação pra aliviar a dor. Ouvi quando ele orientou a enfermeira a me deixar de jejum total e preparar a sala do ultrassom. Enquanto tomava a medicação, tive uma queda de pressão e me levaram com urgência para a fazer o exame e, nesse momento, o médico me disse que eu estava com uma gravidez ectópica.

Nunca tinha ouvido falar sobre o assunto até esse momento, então ele me explicou que se trata de uma gravidez gerada fora do útero, quando o espermatozóide não consegue chegar até o útero por algum motivo, como obstrução das trompas ou inflamações pélvicas.

Como ele me informou, infelizmente, é uma gravidez que não se desenvolve, se ela for diagnosticada a tempo e possível evitar maiores danos mas, no meu caso, a trompa havia rompido-se e, por conta disso, sofri uma hemorragia interna e tive que ser operada às pressas.

Já se passou um mês e estou me recuperando bem. Fiquei muito abalada psicologicamente por conta da perda, mas estou superando, até porque tenho um filho de dois anos que precisa de mim e eu dele.

Esse é o meu relato e o meu intuito com ele é compartilha informações com outras gestantes que, assim como eu, também desconhecem o problema. Espero que ele tenha sido útil.

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