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Nascimento dos dentes: reações, sintomas e como tratá-los

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Nascimento dos dentes. Sempre ouvi coisas horrendas sobre essa fase: os bebês ficam chatos, irritados, intratáveis, não dormem direito, não deixam a gente dormir, não querem comer, só querem colo, não querem colo, não querem nada… Enfim, até a mais santa das criaturas dá uma passadinha para a turma do capeta nessa terrível fase.
Mas eu achei que aqui em casa seria diferente (vejam que eu ACHEI, ou seja, a história é outra). O primeiro dentinho do Leo que percebeu foi o pai dele. Um belo dia, estávamos tomando café da manhã na padoca aqui perto de casa, o Otávio não sei por que colocou o dedo na boca do pequeno e soltou essa: “O Léo está com um dente”. E eu: “Imagina! De que jeito?! Como que EU, que passo O DIA COM ELE, não teria percebido uma coisa dessas?”. E ele: “Pois é, não percebeu. Tá aqui.”.
primeiros dentinhos

E estava mesmo. Aquela mini serrinha branca enfeitando a boquinha do meu ex-banguela. Coisa fofa!

Mas mais feliz com a notícia do primeiro dentinho eu fiquei com a falsa ideia de que o Léo era diferente das demais criaturas da face da terra e não sofria nem um tiquinho só com o nascimento dos dentes. Sim, porque eu não tinha percebido nada demais no comportamento dele até o dentinho aparecer. A única coisa que eu andava reclamando era que ele estava acordando mais cedo de manhã, mas fora isso, tudo na santa paz (quer dizer, típica paz aqui de casa, que nunca é uma paaaaaaaaaz de verdade).

Mas a ilusão durou pouco. No segundo dentinho o Léo já deu uns tilts. Me lembro até hoje que numa bendita segunda-feira, na soneca da manhã, ele não quis dormir de jeito nenhum. Deu um show, berrou, gritou, tentou se jogar do meu colo e assim foi. Passou o dia todo chato e intratável e no dia seguinte lá estava o dente.

Bom, mas até aí, tudo bem. Se o único sintoma fosse uma manhã de pernas para o ar e uma tarde mais confusa, tudo belezinha. Que viessem os outros dentes.

E veio o terceiro, só que aí subimos mais um degrauzinho na escala do “Deus no acuda”. Além de dar show para dormir de dia, o Léo também dormiu super mal duas noites e teve uma diarréia estranha. Ok, mas vamos seguir o baile que até aqui sobrevivemos.

E essa semana chegou o quarto. Para melhorar a situação, no meio de uma crise de bronquiolite do meu pequeno, com ele tomando antibiótico e tudo. Moral da história: o quarto dente acaba de assumir a primeira posição em sofrimento causado para o meu pequeno e para a família em geral (até a sogrona anda pagando o pato, porque vira e mexe corro para pedir socorro para ela).

Bom, dessa vez foi a fez dele não só ficar chatinho (acordado e dormindo, só para constar), ter diarréia, comer menos, muito menos, ter febre, como também ter a assadura mais horrenda da sua história. Tadinho! O bumbum é de dar dó, dar ânsia, dar vontade de chorar (PS 1:  juro que estou cuidando super, super, super bem para o bumbum melhorar logo. E já melhorou bem. PS 2: sei que a situação deve ter ficado pior por conta da bronquiolite e do antibiótico que ele está tomando, então, não posso culpar só o dente).

Bom, contei toda essa história e enrolei até aqui para que? Para dizer que o nascimento dos dentes pode sim causar muuuuuuiiiiitto transtorno em uma casa. E para também passar para vocês algumas dicas para amenizar o desconforto causado por eles.

Nascimento dos dentes: o que é mais comum.

Mas antes de entrarmos nesses detalhes, vou só passar um panoramazinho geral para vocês terem uma ideia de como funciona o negócio da dentição nos nossos pequenos.

A grande maioria das crianças tem o primeiro dentinho aos 6 ou 7 meses de idade. Os mais precoces podem romper o primeiro dente (normalmente o incisivo central inferior) já com três meses, enquanto outros podem ter de esperar até quase 1 ano. Os últimos dentes (os segundos molares, no fundo da boca) costumam já ter nascido no segundo ano de vida. Com 3 anos, seu filho deve ter o conjunto completo: 20 dentes-de-leite. (Fonte: BabyCenter)

 

Que reações a chegada dos dentes pode causar?

  • Maior produção de saliva
  • Gengiva inchada
  • Perda de apetite ou preferência por comer alimentos mais líquidos
  • Irritação, causada pela dor e pelo incomodo dos dentes começando a romper a gengiva
  • Sono prejudicado (noites mal dormidas, dificuldade com as sonecas, etc…)
  • Febre (os especialistas dizem que isso não ocorre, mas alguns pais notam esse sintoma. Segundo a literatura médica, o que pode acontecer é que o nascimento dos dentes debilita um pouco o sistema imunológico, aí o bebê pega uma virose e essa virose causa febre. Mas não que a febre venha diretamente dos dentes)
  • Diarréia (os especialistas dizem que isso não ocorre, mas alguns pais notam esse sintoma)
  • Hábito de puxar a orelha ou colocar o dedinho dentro da orelha (a dor na gengiva costuma irradiar para essa área e o bebê coloca o dedinho ali porque algo o está incomodando)
Obs: alguns bebês não tem reação alguma. Nadica de nada. Pais abençoados!

O que fazer para amenizar o desconforto?

  • Dar mordedores para o pequeno morder. Se forem gelados, melhor ainda. Particularmente, aqui em casa os mordedores gelados não fizeram sucesso (Léo detestou), mas acho válido experimentar. Outro detalhe que observei aqui: quando o dente está quase, quase, quase rompendo a gengiva eles NÃO querem morder nem colocar nada na boca. Acho que aí deve estar doendo muito, e não só coçando. Então, o jeito é respeitar. Claro! Outra opção é dar paninhos molhados gelados para o bebê morder. Se o mordedor gelado não rolar, há essa alternativa.
  • Alimentos frios também ajudam. Amenizam a dor.
  • Massagem feita o dedo bem limpo ou com uma dedeira de silicone.
  • Medicação: em alguns casos, se o desconforto estiver muito grande, o pediatra poderá indicar algum analgésico. Mas isso somente o pediatra poderá indicar.
  • E, por fim, procurar um odontopediatra, que poderá orientá-la melhor nos cuidados para evitar o desconforto e na higiene dos dentes que estão chegando.

Obs: pomadas para aliviar a dor não são indicadas, pois elas não ficam no lugar onde são aplicadas e podem ser engolidas pelo bebê, provocando o amortecimento da garganta e, por consequência, sensação ruim, engasgos, dificuldade de engolir, entre outros.

Fontes:
www.babycenter.com.br
www.revistacrescer.globo.com

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E confira também, nesse vídeo, meu relato sobre o nascimento dos dentes dos meninos (como foram as coisas por aqui):

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