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O que é, afinal, parto humanizado?

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Taí um tema que todas vocês já devem ter ouvido falar, lido algo e até mesmo conversado a respeito com outras amigas mães ou que estejam gravidas: o parto humanizado. Mas, afinal, o que caracteriza um parto como humanizado, quais as diferenças dele para os outros partos (normais, cesáreas) e por que se fala tanto nisso hoje?

Bom, toda mulher quando engravida já começa na hora da confirmação de que o bebê está na barriga a pensar como será o momento de ele nascer. E todas querem que seja o melhor possível, que ele venha com saúde e de um jeito muito feliz. Mas também surgem um monte de dúvidas, medos e inseguranças que fazem com que a gente busque apoio em quem “entende” mais do que nós sobre saúde, nossos médicos.

Photo Credit: Brett Kiger via Compfight cc
Photo Credit: Brett Kiger via Compfight cc

O que ocorre é que, por muitas questões que não sei se compensa discutirmos aqui neste post, mas que vão desde a insegurança e mesmo as decisões das mães até algumas preferências dos médicos, os partos acabaram se tornando algo padronizado, em especial aqui no Brasil. Temos bem mais cesáreas do que a média recomendada pela Organização Mundial de Saúde e isso é um dos motivos pelos quais apareceu a discussão e o conceito do parto humanizado. Tem inclusive um filme muito bom sobre este tema, chamado O Renascimento do Parto (orenascimentodoparto.com.br), que eu recomendo para todas, grávidas ou não.

Tentando definir de uma maneira simples, o parto humanizado é aquele que respeita as decisões e vontades da mãe e as condições de saúde dela e do bebê. A proposta é que a hora do nascimento seja o mais tranquila e natural possível e sempre priorizando o parto esperando que o bebê dê os sinais de que quer nascer, sem marcar datas até que se complete o tempo máximo (42 semanas), por via vaginal e com o mínimo de intervenções (anestesia, cortes como episotomia – feito para ampliar a abertura da vagina, uso de aparelhos como fórceps, por exemplo) possível.

No parto humanizado a mãe pode escolher quem ficará com ela, pode ter o acompanhamento de uma doula e tem o seu plano de parto (um documento mesmo, em que você escreve tudo o que imagina para a hora do nascimento do seu bebê, desde o local, até uma música que quer que toque, a posição que quer ter o bebê, a preferência por receber ou não anestesia e tentar o parto na água) respeitado a não ser que isso prejudique a saúde do bebê ou a sua. Além do parto em si, o bebê entra em contato pele a pele da mãe ainda nos primeiros minutos, antes mesmo de cortar o cordão umbilical, a amamentação também é estimulada já na primeira hora de vida, não há o “tapinha” para fazer o bebê chorar e você pode indicar se quer, por exemplo, que ele tenha as vias aéreas aspiradas mesmo se não parecer necessário.

Isso quer dizer que parto humanizado precisa ser sempre o natural, pela via vaginal e sem anestesia? Não necessariamente. Significa que vai se tentar deixar que todas as etapas que levam ao nascimento ocorram de forma natural, mas se as intervenções forem necessárias, elas podem ocorrer e mesmo assim o parto continuar sendo humanizado.

Muitos médicos defendem que existe inclusive a cesárea humanizada. É quando a cirurgia ocorre apenas como última opção depois do trabalho de parto ou por necessidade absoluta, como os casos de sofrimento fetal, de hemorragias no final da gestação e de mulheres com pré-clâmpsia. Essa cesárea não precisa ser uma simples cirurgia. A mãe pode continuar escolhendo se quer a companhia do pai do bebê, de outro familiar e de uma doula, os procedimentos do contato pele a pele e amamentação ainda na primeira hora de vida continuam sendo seguidos e estimulados, pode-se ajustar a intensidade da luz da sala de cirurgia e escolher uma música para o momento.

Na cesárea desse tipo, a mulher não é amarrada, é estimulada a conversar, dizer como está se sentindo, se estiver tudo bem com os procedimentos, o médico tira o bebê da barriga devagar, simulando a velocidade com que ele passaria pelo canal vaginal, tudo para que o mínimo de trauma e impacto tanto para o recém-nascido como para a mulher.

Mesmo depois de ler esse post e de pesquisar mais sobre o assunto, minha dica é que você converse muito, muito mesmo com o seu obstetra e esteja segura de que você e ele estão na mesma sintonia. Com a confiança, você ficará tranquila que será respeitada em suas vontades e com certeza terá o melhor parto possível.

 

 

 

 

 

 

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