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Pais tóxicos

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Confesso que é difícil imaginar (e aceitar) uma relação entre pais e filhos que não seja baseada no amor e no respeito.

Só que hoje, estou aqui para dividir com vocês um assunto que vai totalmente à contramão desse amor incondicional: os pais tóxicos.

Não sei se você já ouviu esse termo, mas ele tem sido muito usado pelos psicólogos para definir aqueles pais que agridem física e psicologicamente seus filhos. A consequência de uma infância sem amor? Você deve imaginar. Uma vida cheia de traumas e problemas.

pais toxicos
Photo Credit: phalinn via Compfight cc

Quem são os pais tóxicos?

Esses pais têm algumas características em comum. Eles agridem os filhos de forma física, verbal e psicológica. Algumas situações comuns nessas famílias são o pai ou a mãe dizer constantemente que o filho é feio e que ele não tem capacidade para fazer nada, por exemplo. Os pais tóxicos também podem intercalar momentos de carinho com agressões. E essa incerteza de atitude está presente em outras situações, como: em um dia a criança pode trazer os amigos para brincar em casa, no outro, sem nenhuma justificativa, elas estão proibidas de fazê-lo

Ainda, geralmente esses pais são mais exigentes e autoritários e querem da criança mais do que ela pode oferecer. Além tentarem manipular os filhos sempre que puderem.

E como se sente a criança?

Em uma relação com um pai tóxico, a criança vive em constante ansiedade e dúvida, por nunca saber o que esperar dos pais. Ela acredita que a falta de afeto, por algum motivo, é culpa dela. Ainda, com o passar dos anos, ela pode desenvolver uma série de problemas, como fobias sociais, transtorno de ansiedade, agressividade e até mesmo episódios de anorexia e bulimia.

Mas, por que os pais tóxicos são assim?

É difícil acreditar, mas existem algumas explicações para definir esse problema. A primeira é a de que o filho pode ter nascido em um momento difícil para a família, seja uma dificuldade financeira, uma perda ou uma tristeza muito grande que tenham sofrido. E por isso os pais criam um bloqueio na construção de uma relação afetiva. Outra justificativa é que esses pais também tenham sido maltratados na infância. Já a última explicação (e a mais triste) é que nem todas as pessoas estão dispostas a amar incondicionalmente mesmo.

A solução pode ser tão complexa quanto a situação vivida. Em alguns casos, o acompanhamento de um psicólogo pode ajudar tanto pais e filhos, em outros, o tempo é o encarregado de melhorar essa relação. Porém, infelizmente, a distância entre os familiares pode ser o único tratamento.

Dica de leitura

Se você quiser conhecer mais sobre o assunto, a juíza americana Constance Briscoe, relata sua história de conviver com uma mãe tóxica no livro “Feia – A história real de uma infância sem amor” (Ed. Bertrand). Uma leitura mais pesada, mas excelente para entendermos como um filho sofre sem nossa atenção e carinho.

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