Categorias: Relatos e Impressões pessoais

Pequenos momentos para amar

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maos dadasEsses dias, no caminho da escola do Léo até em casa, fiquei pensando nas coisas que ele faz e que eu amo. Naquelas pequenas coisas que, para quem está “de fora” são só engraçadinhas, mas que para a gente, que vê nesses pequenos o sentido de nossas vidas,  enchem o coração de amor e o peito de orgulho.

Me peguei pensando  em como me derreto toda vez que o Leo, ao passar por alguém na escolinha comigo ao lado, olha todo feliz para a pessoa, aponta para mim e diz “mamãe”. Como se estivesse me apresentando, e cheio de orgulho. Acho que mais ou menos como será comigo, daqui a alguns anos, que ao vê-lo em alguma apresentação da escola, vou olhar para a pessoa da cadeira ao lado e dizer “meu filho”, com certeza com os olhos apertados de vontade de chorar, também de orgulho e emoção.

Alguns minutos depois, foi a vez do maior amor do mundo invadir o meu coração quando ele, mais uma vez, levantou aquele bracinho fofo, estendeu a sua mão e segurou a minha. Ele tem medo de andar sozinho na garagem do prédio, já entendeu que ali não é um lugar seguro (do nada pode surgir um carro) e assim, toda vez que ali chegamos, ele pega na minha mão como se eu pudesse protegê-lo de todo o mal (bom, pelo menos ali eu posso).

Por fim, meu coração foi roubado de vez quando entramos no elevador e, como sempre, ele me olhou com aqueles olhinhos arteiros, cruzou uma perninha na frente da outra, deixando a sola do tênis à mostra, e pediu, só com o olhar e o sorriso, que eu também fizesse o mesmo (essa é uma brincadeira que a gente faz toda vez que entra no elevador. Nem sei como surgiu.).

Não sei exatamente porque, mas parei para pensar nessas três situações simples do cotidiano que para mim tem um significado enorme. Me peguei pensando em como gostaria de congelar para sempre esses pequenos momentos, para nunca mais perder da memória a sensação deliciosa que eles me causam. Já pensei em filmar, já pensei em fotografar, já pensei em até escrever, como estou fazendo agora, mas sei que nada disso vai “segurar” de verdade esses momentos para sempre.

Por isso, o meu post de hoje é para dizer que nessa loucura insana que é o nosso dia a dia, de levanta, senta, anda, troca fralda, dá mamadeira, leva na escola, brinca, dá banho, educa, cuida, dá remédio, … precisamos encontrar um tempo para perceber essas pequenas preciosidades da vida, se não, a maternidade vira uma eterna execução de tarefas e o gostoso dela acaba se perdendo no tempo e no espaço.

Não sou uma das melhores pessoas para dar esse tipo de conselho, pois correr contra o tempo é quase meu lema, mas quando eu consigo parar para simplesmente curtir e aproveitar aquilo que normalmente passa despercebido eu tenho certeza que nada é em vão e que a vida realmente vale à pena.

 

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