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Uma homenagem para a minha mãe

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Falo muito sobre os meus filhos aqui nesse espaço e falo tão pouco sobre minha mãe. Mas hoje, resolvi que o post seria para ela. Para expressar uma ínfima parte das infinitas coisas que eu sempre quis dizer para essa mulher incrível que, infelizmente, está tão longe de mim no dia de hoje.

Mãe, essa é para você. E sinta-se à vontade para chorar, pois sei que você é uma manteiga derretida (só hoje não vou dizer: “não chora mãe, não precisa!”. Hoje você pode!).

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Mãe, foi nas pequenas coisas que você me deixou os maiores exemplos. Foi quando você fez, por meses, sapatos de crochê para poder comprar aquela boneca que eu tanto sonhava, que você me deu as maiores lições de vida. Fazendo sapatos de crochê até ter calo nos dedos você me ensinou a lutar por tudo aquilo que eu sempre quis, me ensinou a não desistir diante das dificuldades, me ensinou a dar valor às pequenas coisas, conquistadas muitas vezes com muito esforço. Você me ensinou a sonhar e a acreditar que meus sonhos poderiam sim ser realizados. E quando você foi até a loja, junto comigo, comprar a boneca para me entregar uns dias depois, no dia das crianças, e discretamente pediu para o vendedor me dizer que ela já estava vendida para outra família para me fazer uma surpresa ainda maior no dia que eu a ganhasse, você me ensinou a ser criativa, a querer sempre surpreender, a acreditar que é possível tornar tudo sempre mais especial.

E quando, por anos, você acordou mais cedo no gélido inverno do Rio Grande do Sul, para aquecer o meu tênis no forno do fogão à lenha antes de eu calça-lo, você me ensinou muito sobre cuidado, zelo, carinho e dedicação. Um carinho e um zelo que poucas vezes na vida eu vi igual, mas que eu sempre encontrava em todas as suas atitudes.

Da minha infância, lembro muita coisa. Lembro claramente do dia que você foi me ensinar sobre divisão de sílabas e que, na verdade, me deu uma lição de paciência (risos!). Lembro de você brincando de tocar piano no braço do sofá todas as vezes que a luz acabava (o que era comum naquela época) e conseguindo transformar uma situação tão desagradável para uma criança (que criança não tem medo de escuro) em algo pelo qual ela esperava ansiosamente.

Enfim, mãe, eu poderia dar dezenas de exemplos aqui, de tudo que você me ensinou com a sua simplicidade e enorme coração. E eu sou muito, muito, muito grata a isso. Se hoje sou essa filha que você tanto admira é porque você sempre foi essa mãe que eu tanto amo e idolatro.

Sei que somos diferentes, que você é doce e eu sou brava, que você é calma e paciente e eu sou ansiosa e estourada, mas saiba que, para mim, você é um grande exemplo de mulher e mãe e que muito do que eu sou hoje se deve a você (apesar das nossas diferenças).

Uma pena que meus filhos não tenham a oportunidade de conviver mais com essa avó incrível. Uma pena que a gente more tão longe.

Mas apesar da distância, você está sempre no meu coração. E eu estou sempre tentando seguir o seu lindo exemplo.

Te amo, dona Doralice. Feliz dia das mães!

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