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Você pode ajudar famílias de bebês com microcefalia

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As notícias do nascimento dos bebês com microcefalia, que estão relacionadas com o vírus Zika, têm me deixado sempre muito triste, perplexa e assustada. Principalmente por que é algo ainda tão incerto e sem previsão de solução que dá medo do que pode acontecer ainda. Basta ver como há coisas a serem faladas, pesadas e discutidas sobre o assunto. Boatos então, nem se fala. Aproveito até pra pedir que nós, mães e blogueiras, tenhamos muito cuidado como essas informações – como aquela de que o causador da microcefalia era um produto químico usado em inseticidas e larvicidas, e não o zika vírus -, pois elas podem ser prejudiciais para muita gente e até mesmo para a busca para cura, vacina e prevenção de doenças.

CABECA E CORACAO LOGO EM ALTA2

 

Os primeiros casos da epidemia de microcefalia ocorreram em regiões pobres do Nordeste – que ainda segue sendo a área mais afetada. E muitas destas famílias não têm recursos financeiros para lidar com este problema, além de lidarem com a falta de estrutura do sistema público em muitas das cidades. Às vezes as mulheres são até abandonadas pelos pais dos bebês depois do diagnóstico da deficiência, o que torna tudo ainda mais difícil para elas.

Aí que a gente como mãe fica pensando em como ajudar, o que pode ser feito para minimizar tudo isso. E uma amiga comentou comigo que tinha um site para ajudar essas famílias! Eu logo fui atrás para ver como era isso. Fiquei encantada com a ideia do projeto. Chamado Cabeça e Coração, a ideia foi de duas irmãs – uma jornalista, outra que ainda está no ensino médio – e da mãe delas, uma economista que já trabalhou como projetos sociais de geração de renda. Elas resolveram usar as facilidades da internet e o poder das redes sociais para conectar quem quer ajudar –  e muitas vezes não tem nem ideia de por onde começar – e quem precisa de ajuda.

No site, tem várias histórias de vida de mães e bebês que foram afetados pela epidemia de microcefalia (de emocionar, mesmo, mesmo, mesmo!). São histórias de vida, contam do que essas mães sentiram, como descobriram e qual a situação delas atual. Nem todas têm certeza que tiveram o vírus zika, ou que foi ele o causador da deficiência, mas todas sabem que, em comum, que terão muitas dificuldades pela frente. Há fotos e também uma lista do que cada uma precisa e endereço para envio de doações ou número de conta corrente para envio de dinheiro.

O site entrou no ar no dia 30 de novembro, depois das três terem ido atrás de histórias em diversos grupos de mães no Facebook, conversado com cada uma delas e juntado fotos e textos de um jeito bem claro e simples. A ajuda vai diretamente para as famílias sem passar por nenhum intermediário. O projeto também tem página no Facebook e um Instagram e qualquer divulgação que a gente puder fazer e compartilhar vai ajudar ainda mais essas mulheres e crianças.

O que achei mais bacana é que não é uma ONG (organização não-governamental), nem uma empresa que está por trás desse projeto. São apenas três mulheres que se sentiram sensibilizadas e colocaram a mão na massa para ajudar! Tanto que escrevi para elas para perguntar como estava o projeto e elas me contaram que várias mães já receberam fraldas, latas de leite, roupas, brinquedos e que as doações em dinheiro também chegam e ajudam muito nos custos com transporte e gastos com medicamentos dos bebês.

É muito legal saber que tem gente disposta a fazer o bem sem nada em troca.

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