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A importância de levar a criança a um oftalmologista

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Lembro que quando o Leo estava com 6 meses, o pediatra dele pediu que eu o levasse para consultar com um oftalmologista. Não era nenhum problema do meu pequeno e nem nenhuma desconfiança do meu médico, só uma consulta de rotina, para garantir que tudo estava bem.

Eu, na época, achei aquilo meio exagerado e deixei passar. Esqueci do assunto até cair nas minhas mãos uma revista Crescer que falava sobre a importância da criança, antes de 12 meses, consultar com um oftalmo para poder identificar possíveis doenças oculares ou problemas de visão.

Photo Credit: Unfurled via Compfight cc
Photo Credit: Unfurled via Compfight cc

Assim, quando o Leo já tinha um aninho e pouco (nem lembro quanto) eu o levei para ver um oftalmologista e nessa consulta descobri como esse cuidado que parece desnecessário a primeira vista pode prevenir inúmeros problemas mais tarde.

É que muitas doenças ou problemas são mais facilmente tratados quando identificados precocemente. Isso por que quando o bebê nasce, sua visão ainda está em formação. Tanto que até os seis meses, é normal o olhinho tremer um pouco e até entortar, por isso que os médicos esperam passar esse período para começar a avaliá-los. E você sabia que os olhos são os órgãos que mais se desenvolvem durante o primeiro ano de vida? E o desenvolvimento fica completo por volta dos 7 anos, por isso aquela tradição de levar as crianças para “saber se precisam de óculos” nessa idade.

Ainda antes de sair da maternidade, seu filho deve fazer o teste do olhinho, que indica se há alguma obstrução para a luz passar pela retina e chegar ao cérebro. Estando tudo ok, ainda quando bebês, mas um pouco mais tarde, a partir do sexto mês, o oftalmologista pode identificar problemas como o retinoblastoma, um tumor que pode até tirar a visão. Mas, se identificado cedo, tem cura. A catarata – sim, pode ocorrer em qualquer idade – também é corrigida com uma cirurgia simples antes que fique muito grave.

O oftalmologista também é capaz de identificar antes de nós, pais, se há alguma diferença entre a visão de um olho e outro. Caso exista, isso faz com que o cérebro do bebê se force a usar apenas o olho bom e fique mais difícil fazer alguma correção mais tarde. Com o uso de tampões, por exemplo, dá para ajudar o olho com problema a se desenvolver melhor.

Todos os bebês devem fazer essa consulta preventiva, mas ela é especialmente importante para os prematuros, que precisaram ficar em incubadoras. Lá eles recebem oxigênio que pode interferir de alguma maneira na retina, outra situação que, percebida cedo, tem mais chances de ser bem resolvida.

Para identificar tudo isso, em geral o médico só precisa dilatar a pupila do seu bebê, o que, ok, não é gostoso, mas é só desconfortável e não causa dor. Depois da primeira consulta, é o médico que vai determinar quando vocês devem voltar, de acordo com a saúde ocular e visual do bebê. Alguns médicos recomendam uma visita anual até os 4 anos de idade, para acompanhar tudo de pertinho.

Os especialistas dizem que é muito difícil que uma criança precise usar óculos antes dessa idade (4 anos). Os problemas chamados de erros de refração (miopia, astigmatismo e hipermetropia) costumam ser notados quando a criança entra na escola e, como têm influência genética, são mais comuns caso tenha alguém na família (pai, mãe, avós e tios) que precise corrigir a visão (aqui em casa, são o pai e os tios que precisam, apesar de serem jovens ainda). Com os óculos, os médicos pedem um retorno a cada seis meses ou a cada ano, para ver como evolui o “grau” das lentes.

Em qualquer fase da vida, observar alguns sinais, como vermelhidão e lacrimejamento nos olhos, dificuldade de pegar objetos ou focar o olhar podem ser sinais de alerta. Se você ainda não levou seu filho e ele já está ou passou da idade da primeira visita, marque uma consulta para o quanto antes, assim você já fica tranquila sabendo que está tudo bem.

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