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Diabetes gestacional

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Se você não teve, com certeza tem uma amiga que teve. Falo de diabetes gestacional, um problema bem comum na gravidez.

Eu mesma, lembro da primeira vez que uma amiga me contou que estava com esse problema. Tínhamos saído para jantar (eu no início da gestação do Leo e ela já grávida de alguns meses) e ela acabou não jantando conosco, pois estávamos em uma pizzaria, ela estava com diabetes gestacional, e o médico havia pedido que ela evitasse a ingestão de farinha branca.

O diabetes gestacional, que é exatamente isso mesmo, um tipo de diabetes que aparece quando a mulher engravida, é um dos problemas mais comuns investigados pelos médicos durante a gravidez. Normalmente, entre a semana 24 e 28 de gestação,  eles pedem que a gestante faça o exame de glicemia de jejum, pois quanto antes se identificar o problema ou os riscos dele ocorrer, mais fácil é para o controle (entretanto, o exame pode ser pedido antes disso, se algum exame de urina apresentar com o índice de glicose mais elevado que o normal ou a gestante apresentar algum fator de risco: histórico da doença na família, sobrepeso, diabetes gestacional na gestação anterior, etc…)

diabetes gestacional
Photo Credit: Schwangerschaft via Compfight cc

O diabetes gestacional acontece quando há um aumento do açúcar no sangue durante a gravidez, por conta do corpo não estar produzindo insulina suficiente para metabolizar o açúcar que ingerimos. Tudo por conta dos hormônios que produzidos pela placenta, que podem descompensar o equilíbrio do organismo. O problema é mais comum do que parece, chega a atingir 7 em cada 100 mulheres e na maior parte dos casos é identificado no segundo trimestre de gravidez e dura até o final dela. A notícia boa é que na maioria dos casos o diabetes regride depois do parto, mas ficam maiores os riscos de a mulher se tornar diabética depois ou de ter o problema novamente em futuras gestações.

A parte chata é que, assim como o diabetes tipo 1 ou 2, o gestacional também impoe algumas restrições e cuidados extras para a mulher que espera uma bebê. Isso porque, se não controlado, ele pode aumentar os riscos de aborto, de pré-eclâmpisa ou de eclâmpsia e o bebê corre o risco de ter algum atraso no desenvolvimento de órgãos vitais, como o pulmão, de nascer prematuro, ter icterícia ou uma queda de açúcar brusca no sangue ao nascer (hipoglicemia). No futuro, ele também corre mais riscos de se tornar diabético, obeso ou hipertenso.

E o diabetes é traiçoeiro pois é uma doença silenciosa. Os sintomas, como mal-estar, cansaço e muita sede, só aparecem quando a situação está muito grave e for a de controle. Todo mundo precisa fazer os exames para o controle dos níveis de açúcar, mas é sabido que algumas mulheres correm mais risco do que outras, como as com peso muito acima do ideal antes de engravidar, aquelas que engordam muito durante a gravidez, as que têm ovário policístico e, claro, as que tem casos de diabetes na família. Quanto mais próximo é o parente com o problema, o risco é mais claro. Também entram nessa conta as mulheres que já tiveram um bebê com peso muito acima do normal (mais de 4 kg) mesmo que naquela gravidez não tenham apresentado diabetes.

O controle é feito por meio da alimentação, que deve restringir doces, bebidas com cafeína e outros alimentos conforme indicação médica. Em alguns casos é preciso remédios ou a injestão de insulina, mas só quando o controle por meio da alimentação não for eficaz. Outra coisa importante é realizar atividades físicas, sempre recomendadas e eprovadas pelo obstetra, durante a gravidez. Os exames de glicemia podem ser mais frequentes do que para uma gestante que não apresente o problema.

Depois que o bebê nascer, o seu médico provavelmente vai acompanhar mais de perto os níveis de açúcar no seu sangue, pedido mais exames e investigando para ver se não aparecem sintomas do diabetes após a gestação. Também vai ser preciso prestar bastante atenção em uma nova vez que você engravidar, pois é muito provável que o problema apareça de novo.

E mesmo quem passou pela primeira gravidez sem nenum problema com a insulina é válido não descuidar do açúcar. Uma conhecida teve duas filhas sem que apresentasse nenhuma alteração e, mesmo estando com o peso normal antes de engravidar e durante a gestação, no terceiro filho ela teve diabetes gestacional. Afinal, nosso corpo está em constante mudança, não é mesmo?

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