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Ansiedade infantil: seu filho tem?

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Cada vez mais nossos filhos são expostos a muitos estímulos. Consequentemente, a ansiedade infantil aumenta. É importante dizer que a ansiedade é manifestada nas crianças de formas diferentes de como acontece com os adultos. Embora seja comum acontecer em qualquer etapa da vida, precisamos ficar atentos se a ansiedade começar a interferir na vida da criança. Isso porque pode trazer danos emocionais e sociais.

Uma criança com excesso de ansiedade não conseguirá usufruir plenamente de sua própria vida, terá dificuldade em se sentir bem com suas emoções e sentimentos, muitas vezes pode se sentir paralisada em alguma etapa do seu desenvolvimento ou ficar tão angustiada a ponto de não conseguir vivenciar as experiências, seja na escola, com amigos ou familiares.

O que é ansiedade?

Todo mundo está sujeito a sentir ansiedade. É uma emoção normal e frequente. E como a infância é um período marcado por muitas mudanças que acompanham o desenvolvimento físico e emocional, é mais comum ainda surgir a ansiedade. Acontece muito quando nos sentimentos preocupados, com medo, chateados ou estressados. Mas como disse acima, ela pode se tornar um problema para a criança quando começa afetar a sua vida.

Quais são as causas de ansiedade infantil?

As causas da ansiedade infantil podem ser diversas:

  • brigas frequentes em casa;
  • excesso de estímulos;
  • separação dos pais;
  • dificuldade na relação entre irmãos;
  • alteração na rotina;
  • mudança de cidade;
  • pressão social e emocional;
  • mudança no ambiente familiar;
  • entrada na escola ou mudança de escola e/ou de turma;
  • educação supercrítica (quando os pais focam excessivamente nas falhas da criança e criticam mais do que elogiam);
  • Episódios traumáticos (como acidentes, perdas, maus tratos físicos, etc);
  • Entre outros.

Segundo a Dra. Renata Bento, psicanalista, especialista em criança, adolescente e adulto, ao observar que as crianças estão sendo vitimas de algum prejuízo emocional e ou social  é hora de buscar tratamento. A criança vai dando sinais, através de sintomas de que algo não está bem.

Mas como saber se a criança tem ansiedade infantil?

As manifestações mais comuns de ansiedade infantil são: roer unhas, inquietação contínua, dificuldades com o sono, irritabilidade excessiva, falta de atenção, incapacidade de se relacionar com os outros, medos, choros excessivos, baixa tolerância a frustração, entre outros.

Como a criança muitas vezes não consegue nomear seus sentimentos e incômodos, é muito importante que um adulto ajude-a a reconhecer e compreender o que se passa com ela para então ajudá-la e também nomear o que ela sente. Ela precisa de um adulto para acolhê-la e traduzir uma série de situações para que possa se sentir amparada, confortável e segura emocionalmente. A melhor atitude é a de acolher a criança e tentar compreendê-la, buscar um canal de comunicação com ela.

O tratamento para a ansiedade infantil

A terapia com crianças traz muitos benefícios e isto vale para qualquer idade.  Buscar terapia é pensar que os pais passam por um momento de dúvida e que precisam de ajuda e isto é sinal de maturidade e saúde. O profissional precisa escutar os pais e escutar a criança para avaliar quanto à necessidade do tratamento. É sempre importante avaliar cada caso.

Até os pais também precisam aprender a lidar com a própria ansiedade para que consigam ter um olhar diferenciado para a infância. Eles precisam conversar, brincar, interagir, buscar se aproximar mais da criança. Porque isto poderá favorecer um maior acolhimento e a criança se sentir mais segura e compreendida.

Atividade física é sempre importante e recomendada em situações de ansiedade infantil. É preciso descobrir qual tipo de esporte ou atividade é indicada para cada criança. E, principalmente, qual esporte a criança se identifica mais.

As atividades lúdicas são importantes para as crianças porque vão favorecer o aprender a lidar consigo próprias e com o outro, tolerando frustração e aprendendo a fazer concessões. A criança precisa aprender a lidar com o tédio. Muitos estímulos a deixam desconectadas de si mesmas e não favorecem o reconhecimento e o relacionamento com suas próprias emoções.

Não existe uma solução rápida e imediata. É um processo que precisa ser percorrido com muita paciência dos adultos. E no caso de medicação, é necessária uma avaliação mais criteriosa. Pois normalmente, quando se entra com remédios, corre-se o risco de encobrir algum sintoma que precisa ser investigado.

Fonte:

Esse texto foi produzido a partir de informações recebidas pela assessoria de imprensa da Dra. Renata Bento – Psicanalista, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro.

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