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Birra não é coisa só de criança pequena

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Engana-se quem pensa que a birra é algo só de crianças pequenas. As crianças acima de 3 anos também podem apresentar episódios de birras. E no post de hoje você vai entender um pouco mais sobre birra e como agir diante dela, independente da idade do seu filho.

Quem fala sobre esse tema, é a nossa colunista Fernanda Migliaccio, psicóloga especialista em psicologia materna.

Birra não é coisa só de criança pequena

Não é incomum crianças terem momentos de birras, principalmente entre um e três anos de idade, período em que a criança ainda não sabe lidar com suas frustrações. A criança não consegue reconhecer e nem verbalizar o que está acontecendo e é através da birra que externaliza que algo a incomoda ou a deixa insatisfeita.  Por este motivo é tão comum acontecerem quando estão com sono, fome, cansadas ou quando são contrariadas ou algo não acontece como ela deseja.

Importante ressaltar que a birra não aparece apenas nas crianças pequenas,  as mais velhas também podem apresentar episódios de birra e muitas vezes acontece porque ainda não aprenderam a gerenciar seus sentimentos e a controlar suas frustrações ou simplesmente pelo fato de quererem sinalizar aos adultos que precisam de uma atenção maior.

Apesar de ser comum, normal e esperado este acontecimento nesta fase do desenvolvimento infantil, os pais costumam ficar aflitos com a situação e não é incomum acharem que há algo errado com o filho ou que a criança não está sendo educada corretamente.

Esta é uma fase em que os pais precisam ser pacientes. Não há como impedir que estes eventos aconteçam, mas há atitudes que podem ajudar a passar por eles de uma maneira mais tranquila e que ajudem a criança a desenvolver a capacidade de lidar com seus sentimentos e de externalizar o que está sentindo de uma forma mais saudável.

Primeiro passo é entender que a birra não é na maioria dos casos para contrariar os pais. A birra é apenas uma manifestação do que a criança está sentindo e por não ter maturidade para controlar ela externaliza na forma que sabe: gritando, batendo, se jogando no chão etc.

O autocontrole vem gradativamente, mas podemos ajudar a criança a entender o que está acontecendo durante uma birra e assim facilitar a comunicação entre pais e filhos.

Para isso é importante que no momento da birra os pais demonstrem entender o que a criança está sentindo e nomeiem este sentimento. Por exemplo: você está bravo porque eu disse que você não poderia comer doce antes do jantar? Você sabe o porquê você não pode?

Através da nomeação dos sentimentos a criança começa a associar sentimentos às palavras e facilita quando deseja demonstrar algo.

Distrair a criança em um momento de birra também pode auxiliar. O foco da criança é trocado e automaticamente a birra é cessada.

Também é importante mencionar que apesar de demostrar que entende a criança, os pais nunca devem ceder algo em função da birra. Exemplo: criança se joga no chão porque quer uma bala e os pais disseram não e no final para acabar com a birra os pais cedem. Este tipo de comportamento dos pais reforça a atitude de birra do filho. O filho automaticamente entende que se fizer isso consegue o que quer.

Durante o momento da birra é importante que os pais acolham a criança e seus sentimentos e ao mesmo tempo sejam firmes em suas respostas.

Procurar compreender e ajudar a própria criança entender o que está sentindo ou pensando é fundamental nesta fase do desenvolvimento infantil.

Apesar de difícil, a birra passa assim como todas as outras fases. O que fará a diferença é forma como a criança passará por ela e que será determinante para comportamentos posteriores.

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