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Como fazer o desmame de uma forma tranquila para o bebê?

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Uma das perguntas que mais me fazem nas redes sociais é essa: Shirley, quero fazer o desmame do meu bebê, mas como fazer o desmame de uma forma tranquila?

Essa é uma preocupação bem comum entre as mamães que ainda amamentam. E eu acredito sim em desmame gentil. Acredito que o desmame tem hora certa para acontecer e pode ser feito de forma bem tranquila e respeitosa.

Para nos ajudar com essa questão, a nossa colunista Dayse Cristina, especialista em amamentação esclarece algumas informações sobre o desmame.

Como fazer o desmame de uma forma tranquila para o bebê?

A Organização Mundial da Saúde preconiza Aleitamento Materno exclusivo até os 6 meses, e 2 anos em complementariedade.

O processo de amamentação requer aprendizado entre mãe e bebê e os seis primeiros meses são de fato de muita entrega.

A falta de conhecimento sobre o processo faz com que algumas questões sejam inseridas, gerando uma ineficiência na manutenção da produção de leite.

Em alguns momentos específicos podendo, inclusive, notar dúvidas ainda maiores das mães se possuem ou não quantidade adequada de leite para alimentarem os seus bebês.

Os 3 e 4 meses são cruciais neste caminho da exclusividade preconizada, porque temos uma adequação da produção de leite, porém o bebê cresce e pode exigir maior ingesta, fazendo com que isso reflita na qualidade de sono e de recepção de estímulos, impactando no seu desenvolvimento.

Neste contexto de tantos momentos difíceis da amamentação, a exaustão materna e da família, podem levar à possibilidade de um desmame de maneira mais precoce.

O ideal é sempre avaliar qual a real necessidade do desmame. Se a finalidade recai sobre o cansaço de todo o entorno familiar para o sono, por exemplo, uma análise sobre a amamentação e a rotina do bebê faz toda a diferença para rever algumas questões possibilitando a permanência do aleitamento e, também, o descansar da mãe e de todos os familiares.

Muitas vezes percebemos, que a necessidade de desmamar o bebê recai pela falta de qualidade de vida da família, principalmente ao que se refere ao sono, e não porque é chegada a hora da mãe e do bebê substituírem a forma de alimentação.

O desmame deve ser orientado pela mãe quando ela decidir que o processo pode ter início e que ela pode conduzi-lo sem voltar atrás. Para a criança não é interessante que processos iniciados sejam restabelecidos criando uma sensação de insegurança, pelo próprio meio em que está inserida. Ex.: desmame, desfralde.

Com 18 meses a criança pode apresentar sinais de maior autonomia que ao ser conduzida pode compreender e aceitar o que for proposto. Com melhor percepção e compreensão ao 2 anos, apresentam maiores chances de resultado.

O desmame feito de maneira gradual é sempre o melhor caminho porque respeita os limites da família e do bebê. A substituição das mamadas de maneira convidativa pode ser uma boa proposta. Ex.: Vamos brincar de massinha no horário que seria a mamada.

Além, disso, o prolongamento do tempo pode, também, contribuir para o desmame, utilizando orientadores de tempo, como, exemplo, “vamos mamar quando o dia clarear”, para o desmame noturno.

Importante que o seio não seja ofertado sem que seja solicitado para que a criança comece, de fato, a substituir por outra forma de alimentação ou distração.

Para o processo de desmame o que mais consideramos são os aspectos psicológicos que envolvem esse momento. É chegada a hora de outras formas de acolhimento e amor serem apresentadas para a díade mãe e bebê. Um novo caminho de interação e amor para ambos.

O desmame é um novo encontro com o seu filho nas descobertas de novas formas de compreendê-lo e de doar-se.

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