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Dicas para quem vai visitar um recém nascido

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Olha que lindo, o bebê chegou! E aí, uma avalanche de gente quer visitar, conhecer, pegar no colo, tirar foto, mimar a mamãe, encher a família de beijos e abraços (e o bebê mais ainda) e, de quebra, ainda dar alguns mimos. Nada de errado nisso. Tudo absolutamente certo (Inclusive, acho isso lindo! Adoro! Sinto falta!), mas há que se tomar alguns cuidados.

Quando a gente ainda não tem filho, ou se teve, mas em outra época, algumas coisinhas passam batido e aí, o que deveria ser super bacana, um agrado, uma baita de uma surpresa, acaba virando um probleminha para as mamães, o bebê ou toda a família.Por isso, montei o “mini-guia” abaixo, com algumas orientações bem basiquinhas para quem vai fazer uma visitinha para conhecer um baby que acaba de chegar. Esse textinho é para as gravidinhas compartilharem com a família, amigos, vizinhos e quem mais já avisou que vai querer conhecer o bebezuco assim que ele der as caras. É uma forma prática e mais sutil (ou nem tanto. kkk!) de dar alguns toques e breves orientações. Assim, ninguém fica em apuros.

Dicas para os que vão conhecer um recém nascido:

Aquele bebê fofo e tão aguardado chegou e agora você quer conhecê-lo o quanto antes. Diquinha básica: assim que o aviso do nascimento chegar até você, e despertar aquela vontade incontrolável de pegar o caminho da maternidade, dê uma ligadinha antes para o papai checando se tudo bem a visita ser feita naquele dia ou se é melhor postergar um pouco. E o papai pode ficar super à vontade para dizer que não é uma boa hora ainda (se for o caso), afinal, todo mundo já leu esse textinho aqui e sabe que é super comum algumas mamães preferirem ter seu tempinho para descansar antes de receber mil abraços e mil carinhos (PS: eu, particularmente, fiz questão de receber todo mundo na maternidade, pois para mim seria mais fácil que em casa, onde não teria ajuda de mil enfermeiras. Mas nem todo mundo é igual.).

Você não quer só fazer uma visitinha, também quer levar um agradinho de boas vindas para o bebê. Nada mais justo, nada mais delicado, nada mais educado. Pode levar sim, mas minha dica é: fuja do presentinho mais comum, que são as roupinhas tamanho RN e P (sim, porque é claro que você vai querer ver logo aquela coisinha fofa desfilando com o seu presentinho e vai comprar esses tamanhos). Mas controle a sua ansiedade e prefira dar roupinhas maiores, para seis, nove ou até mais meses. Isso porque, a grande maioria pensa como você e aí o pecorrucho fica com uns quatro guarda-roupas de roupinhas minúsculas e zero das maiores. Outra dica: todo mundo gosta de dar presentinho diferentoso e super lindo e charmoso, mas aí falta o que os bebês mais usam (e o que as mamães vão em breve aprender a amar): fraldas, itens de higiene e as roupinhas bem básicas, como bodies lisinhos e culotes. Ah! E não esqueça, ao presentear com roupas maiores, preste atenção em qual estação do ano elas irão servir. Não adianta dar um blusão de nove meses se quando o bebê for usar já será verão.

Mas você não se contenta em presentear apenas o bebê, quer também levar aquele agrado suuuuuper especial para a mamãe. Você está de parabéns, é uma pessoa super fofa e merece toda a sorte e felicidade desse mundo (sim, porque nessa hora todo mundo só lembra do bebê e se você lembrou da mamãe é porque é uma pessoa abençoada). Dicas que eu nem sonhava mas que agora sei e vou passar para você: tudo aquilo que você tem certeza que serão os mimos perfeitos nessa hora também é tudo aquilo do que você deve evitar – flores e chocolate. Isso mesmo! Flores não são permitidas nos quartos de várias maternidades e aí elas tem que ficar no corredor (isso porque pode causar alergia no recém nascido). E como na maternidade não pode, é claro que muita mamãe vai ficar morrendo de medo de tê-las dentro de casa também. Melhor evitar. A mãe vai amar, óbvio, mas vai até ficar tristinha da flor ter que ficar lá fora. E chocolate? Ah, chocoloate!!!! É TUDO QUE A MÃE MAIS QUER NESSA HORA, mas não pode, porque pode causar cólica no bebê. Ok, este é um assunto polêmico, tem médico que diz que causa e tem médico que diz que é bobagem. Mas, por via das dúvidas, evite dar isso, porque se a mãe avistar ela vai atacar num momento de desespero. Sei por experiência própria. Ganhei um doce divino de uma amiga, que tinha chocolate. Jurei que ia comer só uma colher, mas como sou igual cachorro ovelheiro – depois da primeira mordida só matando (ditado gaúcho isso, minha gente) – eu caí de boca e acabei com tudo. E o Léo quase surtou de tanta cólica nas 24h seguintes. Ok, pode ter sido coincidência, mas nunca mais paguei para ver. Mas e aí, qual é a alternativa nessa hora. Hum… vamos ver… pode ser um livro para uma mamãe que é chegada em ler (mas beeeeeeeem fininho, porque vai faltar tempo), uma camisa bonita, para ela usar enquanto amamenta (ou qualquer outra blusa com abertura frontal que favoreça a amentação), uma caixa de chás (nossa, essa eu iria amar se tivesse ganhado), bolachas amanteigadas, uma cesta de frutas e, quem sabe, até um vale massagem ou one-day-spa, para ela usar quando o filho tiver perto de completar 15 anos, porque antes disso não terá tempo para esses luxos (brincadeira, ela vai amar usar isso o quanto antes).

E o pai… você também quer dar algo para o pai, esse pobre coitado que ninguém lembra. Ah, para o pai qualquer coisa serve. Afinal, malemale lembram que ele existe, então, se chegar uma caixa de fósforo a criatura já vai dar pulos de alegria. Brincadeira! Que tal charutos, já que é tradição fumar um charuto quando chega um novo rebento? (se você tiver certeza de que ele curte esse hábito, é claro) Também pode ser uma garrafa de vinho, para comemorar a chegada do pequeno. Ou talvez um livro, que tenha a ver com o novo momento de vida dele (Como nascem os pais e Coração de pai são ótimos, já falei sobre os dois aqui).

Bom, agora que você já foi liberado para dar as caras na maternidade e já sabe como presentear toda a família, quer saber como se comportar para não fazer feio justamente ao vivo e a cores. Certo? Alguns preceitos básicos são:

  • Cheque antes com os pais do baby se tudo bem levar crianças. Pode parecer chato e até antipático isso, mas tem um porque. A criaturinha que acaba de chegar não tem ainda defesas para tudo que está à sua volta e outros bebês e crianças são justamente os maiores “carregadores” de vírus e bactérias. Assim, se o seu filhote estiver com o nariz escorrendo ou com um dessaranjozinho básico, deixe o no conforto do seu lar ou deixe para visitar o bebê quando ele tiver bom, curadíssimo e 100% saudável.
  • Visita na maternidade é vapt-vupt. Visita de médico. De médico com dor de barriga. Nada disso de ficar lá contando que você está reformando a casa de praia, que seu sogro vai ter que fazer uma operação no baço ou algo assim. É mostrar seu carinho e consideração e se despedir, deixando a visita mais longa para depois de algumas semanas.
  • Entrou no quarto, peça o álcool gel. Tem mãe e pai que não estão nem aí para isso, mas tem outros que se importam com esse cuidado, mas não se sentem confortáveis de pedir para você higienizar as mãos. Então, é melhor partir de você a iniciativa. E se você se sentir à vontade, ainda passe o tubinho/vidrinho/potinho do gel para outras pessoas fazerem o mesmo (aí você passa por louco, mas os pais vão adorar).
  • E, claro, não esqueça de não cabe a você monopolizar a grande atração da festa (sim, porque a essa altura do campeonato já virou festa se alguns cuidados não forem tomados). Não cabe a você agarrar o bebê não soltá-lo mais mesmo que você seja avó, madrinha, a tia favorita ou quem quer que seja. Quer pegar o pequeno? Pergunte antes para a mãe se tudo bem. Se a mãe liberar, babe um pouquinho com a coisinha nos braços e depois devolta a quem é de direito. Ou deixe outras visitas também pegarem (para ser bem sincera, sou da teoria que nem se deve pegar recém nascido no colo. Eu não pego. Mesmo que a mãe ofereça. Sei lá, o serzinho acabou de chegar e com certeza ficar passando de mão em mão não é o que ele mais quer nesse momento).
  • E, mais um detalhe… não vá me dar uma de vendedor de feira livre e ficar falando alto e contando piada. Discrição, tom de voz ameno, e atitude de gente fina, elegante e sincera (ops, essa parte do sincera não precisa, abaixo você vai entender porque). Porfavor!

Ah, mas você resolveu fazer a visita em casa. Certo? Depois que todo mundo já deixou a paz, a traquilidade e a proteção da maternidade. Sendo assim, o que eu acho é o seguinte: se você não for muito, muito, muito, muito íntimo e querido, nem pense em aparecer nos 30 primeiros dias. Nesse período nós viramos algo bem parecido com um bicho. Estamos sensíveis, cansadas, descabeladas, com dor, com medo, com tudo de mais hormonal que vocês possam imaginar e aí, fazer sala, é o que a gente menos quer. Se você acha que não é íntimo suficiente da mãe para ela chorar no seu colo, nem cogite ir vê-la. Eu fui bem direta e pedi para a minha sogra dar o recado para família: vou receber todo mundo com muito prazer na maternidade, mas em casa, só depois que o Léo tiver um mês. Para os amigos eu mesma dei o recado. Adorei. Foi ótimo. Não me arrependo e, no próximo, faço de novo. Passando os 30 dias iniciais, dê uma ligadinha, combine um dia e faça a tão esperada visita.

Agora, o mais importante de tudo (estou até arrependida de ter deixado para colocar isso aqui, porque esse texto está tão longo que duvido que você chegou até essa parte): nunca, jamais, em hipótese alguma, nem em sonho, nem sob decreto, nem sob turtura, pense, cogite, faça menção a emitir algum pitaco ou comentário sem noção. PELOAMOERDEDEUS! Guarde isso como um mantra: sem pitacos, sem pitacos, sem pitacos. Toda vez que surgir aquela vontade incontrolável de soltar um “a pega está errada”, “ele dorme demais”, “ele dorme de menos”, “ele não dorme?”, “por que você não segura assim?”, “por que você não segura assado?”, “quantos quilos você engordou mesmo?” engula a sua língua. Engula e só volte a vomitá-la de volta depois que estiver a pelo menos 40km de distância da maternidade (ou casa). Nada mais desagradável que gente sem noção, com seus comentários cheios de “eu sei mais do que voce” e super inapropriados.

Bom, querida amiga futura mamãe, agora já salvei a sua vida deixando aqui esses conselhinhos básicos, pode imprimir esse texto e mandar por correio para toda a família e roll de amigos. Ou melhor, pode compartilhar o link no Facebook porque aí todo mundo vê e você não gasta nem um centavinho sequer.

E tenho dito!

PS: antes que vocês pensem que eu sou louca (ok, sou, mas só um pouquinho), aviso que eu carreguei nas tintas para o texto ficar bem irônico. Ok?

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