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E viva o dia da mulher!

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Eu já estava com um post feitinho, lindinho, prontinho para entrar no ar, quando me dei por conta que hoje é o Dia Internacional da Mulher. Assim, de sopetão, aos 47 do segundo tempo. E então, como boa representante da espécie, cá estou eu para falar um pouco a respeito desse tema, afinal, ele não poderia a data passar em branco aqui no Macetes de Mãe.
 
E pois não é que foi justamente esse quase esquecimento que trouxe a inspiração para esse post? (Alguém chuta por quê???) Na verdade, essa situação foi um daqueles bons e velhos atos falhos, que a nossa conhecida e amada (ou odiada, vá saber!)  psicologia explica muito bem.
 
Bom, mas o ponto ao qual eu quero chegar com essa introdução meio confusa (quando eu escrevendo de bate pronto nem sempre raciocino direito, ainda mais cansada) é o seguinte:
 
Depois que a gente vira mãe, a gente esquece do nosso lado mulher. Pelo menos por um tempo. Não tem jeito, é assim mesmo! E por mais que algumas jurem que não é não, e que garantam que já saíram da maternidade de salto alto, batom na cara e chapinha no cabelo, sabemos muito bem que esse paraíso edílico não dura muito tempo. Afinal, minutos depois a boneca perfeita chega em casa, o Deus-nos-acuda começa e nada mais permanece no seu devido lugar.
 
Por alguns dias, semanas ou até meses a gente passa a se colocar em segundo plano. Ou terceiro, quarto, quinto… No início é porque nem opção a gente tem, afinal, é um tal de amamenta, troca fralda, dá banho, gerencia cólica e acalma choro, que não sobra tempo para literalmente NADA. Quando eu digo nada, quero dizer nada MESMO. Isso significa não ter tempo para comer, tomar banho ou simplesmente fazer xixi. Pode parecer bizarro, coisa de outro mundo para quem nunca vivenciou essa situação, mas é assim mesmo que acontece. E que atire a primeira pedra quem nunca deixou escapar uns pingos na calcinha porque simplesmente não parou para ir ao banheiro (Eu confesso que, certa vez, me mijei inteira. O fim da várzea! Um horror! Não gosto nem de lembrar!).
 
Mas depois as coisas acalmam um pouco. A gente vai aprendendo a lidar com a vida nova, vai entendendo como as coisas funcionam e vai sobrando um pouco de tempo para relaxar. Pouco, muito pouco, é verdade, mas sobra. Só que aí, o que é que acontece? A mulher passou tanto tempo tão mergulhada no universo materno que nem sabe mais viver como mulher. Só como mãe.
 
O que eu quero dizer com isso? Quero dizer que se ela tiver um tempinho livre, uma soneca do pequeno, por exemplo, em vez de ler um bom livro, fazer a unha, ligar para uma amiga para jogar conversa fora, ela irá gastar os seus preciosos minutinhos navegando no site BabyCenter (ou aqui no Macetes de Mãe, mas tudo bem, esse é perdoável!kkk!), organizando os brinquedos, planejando a festinha de aniversário do filhote ou algo assim. Ah! E se, por um acaso resolver ligar para uma amiga, o tema da conversa será sempre o mesmo: o filho (ou os filhos).
 
Só que, por mais que todas as mães façam isso porque amam, porque lhes dá prazer, não dá para esquecer que antes da mãe já havia uma outra criaturinha que habitava esse corpinho e que segue tendo necessidades básicas: a mulher.
 
Não dá para a gente mergulhar tão profundamente nesse oceano que nos banha de tanto prazer que deixemos de ver o prazer que existe em todas as outras coisas que nos cercam. Não podemos permitir que todo o resto deixe de ter significado só porque hoje há uma coisinha minúscula (ou já crescidinha) que passou a ocupar o primeiro lugar na nossa lista de prioridades. Eu juro que repito isso para mim todo santo dia, primeiro porque é difícil de acostumar com a ideia, mas principalmente porque tenho certeza de que é a mulher completa, realizada ou, pelo menos descansada, que serve de base para a mãe bacana que todas nós estamos tentando ser.
 
Então, no dia de hoje, tente fazer algo diferente, ou pelo menos se proponha a fazer e estipule uma data para isso. Não precisa ser nada grandioso, como mudar o mundo ou salvar os golfinhos (isso a gente deixa para as solteiras, que ainda não tem que gerenciar marido, casa, filhos, cachorro, compras, vizinhos, obra dos vizinhos……. ai cansei!), mas que seja algo que traga significa para o SEU mundo interior, aquele mundinho (ou mundão) que você cuidava tão bem antes da maternidade chegar.
 
Pode ser sair para andar de bicicleta, passear no shopping, almoçar com uma amiga, ir ao cinema, visitar a sua mãe (e voltar a ser filha!), comprar sapatos, começar um livro, uma dieta, um curso.  T A T O  F A Z! O que importa é fazer algo que TE faz bem.
 
Como já estamos carecas de saber, é nas pequenas atitudes que começam as grandes mudanças. Então, comece! Eu prometo que, nesse final de semana, começarei a ler um livro. Esse era um dos meus grandes hobbys, prazeres, amores, e hoje não mais o faço. É por falta de tempo? Claro que não, pois se tenho tempo para estar aqui, escrevendo sobre maternidade, também tenho tempo para me entregar leitura que não sejam sobre sono do bebê, alimentação do bebê, psicologia do bebê e todas as suas variantes.
 
Ah!!! E antes que eu me esqueça… PARABÉNS! E viva o dia da mulher! Afinal, ela chegou aqui bem antes dessa tal de mãe e agora está totalmente esquecida. Então deu, chega! No mínimo, igualdade de condições para elas.
 
Hoje, é por isso que eu irei lutar!

 

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