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Estenose Hipertrófica do Piloro – quando devo me preocupar?

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Mães, há algum tempo atrás, recebi pedidos de algumas seguidoras para falar sobre Estenose Hipertrófica do Piloro. Sei, parece um palavrão! rs E como não sou médica, resolvi pedir ajuda para uma especialista e recorri a nossa colunista Dra. Renata Scatena pediatra, diretora clínica da Casa Crescer. Ela esclarece o que é Estenose Hipertrófica do Piloro e quando devemos nos preocupar.

Vômito X Regurgitação, quando devo me preocupar?

Todo bebê pode apresentar episódios de regurgitação, principalmente nos primeiros meses de vida, relacionados à hipotonia muscular do “anel de contenção” do conteúdo do estômago para o esôfago e ao alimento em sua forma líquida. A maioria dos casos são decorrentes de um refluxo fisiológico, comum, que não traz desconforto ao bebê e não interfere no ganho de peso. É conhecido como “regurgitador feliz” e o tratamento deverá ser iniciado com as medidas posturais antirregurgitação.

O refluxo é considerado patológico quando ocasionar dor, desconforto, irritabilidade, dificuldade para mamar, o bebê que “briga” com o seio, podendo levar à diminuição do ganho de peso. Essa é uma situação com sinais de alerta. Requer avaliação do pediatra o mais breve possível, devendo o tratamento ser direcionado conforme a causa.

Estenose Hipertrófica do Piloro

Existe uma condição, chamada Estenose Hipertrófica do Piloro (EHP), caracterizada por vômitos não biliosos em “jato”, recorrentes, com piora progressiva, podendo levar à desidratação. Portanto, é uma condição muito grave! E requer avaliação médica IMEDIATA. A EHP é a obstrução quase completa do canal pilórico (ligação do estômago com o intestino), em decorrência de hipertrofia da camada muscular do piloro. É um diagnóstico comum entre bebês abaixo dos três meses de idade, mais comum entre a terceira e quarta semana de vida. Ocorre na proporção de 3:1.000 nascimentos. Raramente, o surgimento dos sintomas ocorre ao nascimento, bem como após os cinco meses de idade. Crianças masculinas predominam, com uma proporção de 3:1 a 4:1 em relação às meninas. Nota-se também ocorrência de 6,9% em bebês de pais com diagnóstico de EHP.

O pediatra irá realizar um EXAME FÍSICO detalhado podendo, em alguns casos palpar uma discreta tumoração abdominal denominada oliva. O diagnóstico poderá, portanto, ser confirmado por um ULTRASSOM DE ABDOME.

Confirmando o diagnóstico, o cirurgião pediátrico deverá ser acionado pois trata-se de um caso cirúrgico.

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