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Mulher: quem é essa pessoa?

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Mulher: quem é essa pessoa? Uma reflexão sobre nós mulheres, seres humanos que vamos lá, realizamos, somos quem quisermos ser.

Quem propõe essa reflexão é a nossa colunista maravilhosa, Dra. Maria do Carmo. Confira!

Mulher: quem é essa pessoa?

Não pretendo definir você, mulher, isto fica para os dicionários. Vamos a algumas reflexões, afinal o objetivo são macetes para viver. Aliás, a fama antecede a definição, se observarmos, por exemplo, o que os dicionários trazem desde uma definição bem anatômica como ”Ser humano do sexo feminino ou do gênero feminino, dotado de inteligência e de linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e de considerável dimensão e peso do crânio” até definição em sentido figurado como “pessoa indeterminada: quem é essa mulher? ”.  A fama de um ser enigmático segue a mulher. “Decifra-me ou te devoro”, já dizia a Esfinge, figura mitológica grega, um animal alado, representada por um corpo misto de mulher e de leão, que afligia seguidamente a cidade de Tebas na Grécia Antiga. Quem ousasse enfrentá-la era submetida à pergunta-enigma. O sentido era de destruição para os gregos, enquanto a cultura egípcia já pensava na probabilidade de uma figura guardiã, protetora, mostrando novamente a ambiguidade do entendimento.

Visões distintas de um mesmo ser!

Existe, pois, uma resposta imediata, direta, a esta pergunta? Sim, vamos afirmar! Mulher, você é e pode ser quem você quiser! Verdade absoluta para hoje, sem cobranças, sem preconceitos, sem pré-julgamentos, sem estereótipos

O recado assim é para você, minha prezada mulher, que desenhe seus planos, seu trajeto de vida. Não importa se sozinha, acompanhada, se quer ficar com alguém, ou não. Se seu projeto de vida passa por formar uma família, uma descendência, assumir a responsabilidade de cuidar dela como um dia alguém cuidou de você, ou não cuidou e você pensa que pode ser melhor. Se você é mais velha, se já deu “uma volta por cima”, se está desanimada, mas se quer mudar seu rumo.

Você tem alguém para compartilhar sua aventura? Legal, busque uma parceria que não tem de ser uma alma gêmea, mas em quem você vai encontrando pontos de afinidade e cumplicidade, com quem vá construindo no dia a dia uma relação saudável. Ter filhos, ou não, faz parte das decisões ou dos limites que você vai encontrar, tanto para filhos genéticos ou para aqueles outros que as técnicas hoje nos permitem ou aqueles que o coração alcança.

Escolha, você consegue. Mas não se prenda a mitos: a própria figura de ser mulher, ser mãe, ser a guerreira a desafiar as ameaças aos que te são caros, ser a figura que se impõe numa casa ou ser a figura ao lado de ou mesmo a protetora da prole, tem mudado tanto através dos séculos. E, mude se você quiser, se você precisar, se sentir que é importante. Tudo vale, não há um limite temporal para buscas ou mudanças de rumos e se há vida, há caminhos a seguir.

Se precisar, procure ajuda. Mais que tudo, temos nos médicos, psicólogos, profissionais de saúde em geral, a humanidade, a capacidade de poder ouvir, ajudar a entender os dilemas, ajudar a decifrar os caminhos que se apresentam na rota desta aventura chamada viver.

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