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O fim do preconceito começa em casa

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Ontem, navegando pelo Instagram, vi vários posts fazendo referência à Titi, filha do Bruno Gagliasso e da Giovana Ewbank, e falando sobre racismo, indignação, respeito, empatia.

Na hora pensei: “Não, não pode ser o que estou pensando”, e lá fui eu juntar as peças do quebra-cabeças para entender o que estava acontecendo.

E para meu choque total e absoluto sim, era exatamente o que eu estava pensando. A Titi havia sofrido preconceito, por parte de uma acéfala, pelo fato de ser negra. A tal acéfala em questão, que nem vale citar o nome aqui porque, com certeza, fez um comentário tão descabido porque queria atenção, então, não vamos dar, chamou a Titi de “macaca”. Sim chamou de macaca e criticou seu cabelo, seu nariz, a cor da sua pele e sei eu mais o quê (chegou uma hora que eu nem consegui amais ouvir  o que ela falava, possuída pela raiva como estava).

E aí, fiquei eu pensando: Pára! Pára tudo que eu quero descer! Quero não mais ficar vivendo nesse mundo absurdo, sem sentido, onde se faz piada com uma criança de 3 anos.

E o pior é que “investigando” sobre esse assunto, eu vi que outras duas crianças “famosas”, filhos de pais famosos, também sofreram preconceito e agressões nas redes sociais. Uma delas foi a Rafa Justus, que foi chamada de “Chuck” pela mesma acéfala que agrediu a Titi e a outra foi o filho da Ana Hickman, que foi chamado de “viado” por outra imbecil.

Gente, quando vi essas coisas, me coloquei no lugar dessas três mães e me indignei de uma forma que me fez querer falar e falar e falar sobre isso. Ontem mesmo, já postei no Insta sobre racismo e, hoje, estou aqui para tentar levantar algumas reflexões sobre esses três episódios para lá de revoltantes.

A primeira colocação é: Ok, essas crianças são filhos de famosos e por isso os casos tiveram essa repercussão toda. Mas quantas crianças não vivem exatamente isso todo santo dia e ninguém fica sabendo? Muitas vezes nem os próprios pais, porque a dor delas é tanta que elas nem tem coragem de confessar para ninguém. Pensem em quantas crianças são chamadas de macacas por dia, são ofendidas porque seu cabelo não é liso, porque sua pele não é branca, porque elas tem alguma característica física que não condiz com o “normal”, porque elas se comportam diferente, porque elas são diferentes da “média”. Pensem, apenas pensem! Não foi só a filha do Bruno e da Giovana, a filha da Ticiane e o filho da Ana que sofreram preconceito, ofensas e agressões (não é física, mas é agressão igual). Seu filho, nesse exato momento, pode estar sofrendo algum tipo de preconceito ou, pior, cometendo algum (e, muitas vezes, simplesmente por não entender direito o que está dizendo, simplesmente por repetir o que houve por aí, simplesmente por “ir com a maré”, simplesmente porque todo mundo faz).

A segunda colocação é: O que nós podemos fazer quanto a isso? Como nós podemos ajudar e mudar essa situação? Bom, eu acho que cada um de nós pode fazer algo sim. E algo muito, muito importante, que terá um impacto incrível ao longo do tempo. E esse algo é o simples ensinar aos seus filhos que todo mundo, na sua essência, é igual. Que características físicas não dizem nada e que todo ser humano precisa ser tratado com respeito. Que ninguém precisa ser ofendido porque é gordo, porque é magro, porque tem a orelha de abano, porque não sabe falar direito, porque não entende as coisas, porque é tímido, porque tem a cor da pele diferente da maioria, e por aí vai…

Ensinar nossos filhos a respeitar as diferenças é uma das nossas obrigações mais importantes. E a gente faz isso através de nossos gestos, atitudes e comentários. Simplesmente dando o exemplo e explicando o que é certo.  Mudando o que acontece dentro das nossas casas, a gente muda o mundo.

Bora começar?

 

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