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O nascimento dos meus filhos despertou o pior de mim

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É isso mesmo que vocês leram: o nascimento dos meus filhos despertou o pior de mim. Não me julguem, leia o texto, um desabafo meu sincero e vamos refletir juntas.

Quando meus filhos nasceram, a verdade é que eu fui para o fundo do poço. A felicidade, alegria, realização, expectativa do período de gestação acabou do dia para a noite. Ou melhor, da noite para o dia. Noites sem dormir, exaustão, uma criança que chorava o tempo inteiro (depois descobrimos se tratar de APLV), uma mãe que não sabia o que fazer, tinha medo, se julgava, culpava e, todo santo dia, quando a água quente do chuveiro corria pelo corpo já entregue, chorava. Os mimos, a atenção, o cuidado e carinho da gestação viraram solidão.

O nascimento dos meus filhos despertou o pior de mim

Nesse período, de recém nascimento dos meus bebês, em que todo mundo esperava euforia e realização, eu era só dor, medo e descontrole (e depressão). Eu não me reconhecia. Eu, sempre forte, estava frágil. Eu, sempre decidida, controladora, impulsiva, não sabia o que fazer, não sabia como agir, me encolhia de medo e esperava que os outros me dessem respostas.

Foi um período duro, não foi curto, se repetiu por duas vezes (sim, no segundo filho passei por tudo isso de novo) só que eu amava aquelas criaturinhas mais do que qualquer coisa nesse mundo. E aí, por eles, eu fui em busca de me cuidar, me tratar, entender meus sentimentos, não me julgar. Eu fui em busca de tentar ser um ser humano melhor, por mim, por eles e para eles.

Então sim, os clichês “os filhos fazem a gente se descobrir” e “os filhos fazem a gente querer ser seres humanos melhores” fazem todo o sentido. Eu descobri uma parte de mim que não admiro e que me fez sofrer demais (quem sofre ou já sofreu de depressao sabe o que é isso), mas também por eles, eu passei a buscar, incessantemente, mudar, aprender, crescer e melhorar.

Por que falo tudo isso? Porque eu sei que você também vive ou já viveu isso. Se não exatamente assim, se não de forma tão forte e pesada, se não por meses, pelo menos por dias.

Todas nós, mães, nos vemos no meio do caos quando um bebê nasce e o que aflora dessa confusão de sentimentos nem sempre é positivo, nem sempre nos orgulha. Mas acima de tudo, a gente nutre um amor visceral e esse sim faz a gente tirar forças eu nem sei de onde para buscar acalmar nossos pavores e espantar nossos fantasmas.

Não julgue uma mãe “perdida”, cansada, desesperada, exausta, descontrolada. ACOLHA. Lembre do que você já viveu (e a gente quase sempre esquece, pois a natureza é sábia) e dê seu colo, seu carinho, sua melhor palavra de apoio.

Quem já sentiu algo assim, quem já se identificou com alguns desses sentimentos, deixe seu comentário aqui. Ver que não estamos sozinhas num momento de dor e desespero nos ajuda a nos sentirmos mais fortes.

Por que falo tudo isso? Porque eu sei que você também vive ou já viveu isso. Se não exatamente assim, se não de forma tão forte e pesada, se não por meses, pelo menos por dias. Todas nós, mães, nos vemos no meio do caos quando um bebê nasce e o que aflora dessa confusão de sentimentos nem sempre é positivo, nem sempre nos orgulha. Mas acima de tudo, a gente nutre um amor visceral e esse sim faz a gente tirar forças eu nem sei de onde para buscar acalmar nossos pavores e espantar nossos fantasmas.

Não julgue uma mãe “perdida”, cansada, desesperada, exausta, descontrolada. ACOLHA. Lembre do que você já viveu (e a gente quase sempre esquece, pois a natureza é sábia) e dê seu colo, seu carinho, sua melhor palavra de apoio.

Quem já sentiu algo assim, quem já se identificou com alguns desses sentimentos, deixe seu comentário aqui. Ver que não estamos sozinhas num momento de dor e desespero nos ajuda a nos sentirmos mais fortes.

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