Categorias: bem estar | Cuidados/Saúde | Uncategorized

O que é preciso saber sobre a febre amarela

Compartilhe:
pin it

Nos últimos dias, o surto de febre amarela, em Minas Geais, tem preocupado as mães que moram no Estado ou têm férias com a família marcadas para lá. É, realmente toda questão que envolve a saúde deve ser levada muito a sério.

Por isso, andei pesquisando sobre o assunto e resolvi reunir, nesse post, todas as informações que precisamos saber.

Primeiro, não é preciso pânico. No calendário nacional de vacinação toda criança recebe, até os 4 anos de idade, há duas doses de imunização contra a doença. A primeira aplicação é feita a partir dos 9 meses e o reforço aos 4 anos (dê uma olha na carteirinha do seu filho para ver se está tudo ok, senão é só procurar uma unidade de saúde). No caso das crianças que vivem em áreas de risco, como agora em Minas Gerais, a primeira aplicação pode ser feita um pouco mais cedo, aos 6 meses.

Photo Credit: _Hadock_ Flickr via Compfight cc

Segundo divulgação do Ministério da Saúde, há garantia de que a vacina assegura 100%  imunização contra a doença após dez dias da aplicação, então se tiver  viagem marcada, faça o cálculo do dia da vacinação e do dia da partida das férias para não ter erro.

Mas e se o seu filho tem mais de 4 anos? Na maioria dos casos, uma nova dose é necessária só depois de 10 anos. Falei a maioria por que há exceções como viagens para áreas de risco ou para países que exijam uma imunização recente – aqui vale conversar com o pediatra.

Mas a Organização Mundial da Saúde considera uma dose suficiente para proteção para o resto da vida. Então, se a carteirinha estiver em dia, já considere o seu filho protegido (aproveite e dê uma olhadinha na sua carteirinha e na do marido também).

Porém, mesmo com a vacina ok, vale ter alguns cuidados quando passeamos com as crianças em áreas de mata: use repelente (indicado para elas), prefira blusas de manga comprida, calça e, dependendo do caso, botas.

Falei sobre o cuidado de passeios na mata por que até agora a febre amarela diagnosticada foi a silvestre. Você sabia que existem dois tipos da doença?

A febre amarela é um vírus, transmitido por um mosquito infectado e pode ser tanto silvestre quanto urbana. O que diferencia uma da outra é a forma de transmissão. A explicação é que na febre amarela silvestre a pessoa pega o vírus quando se expõe a ambiente com mata e é picada pelo mosquito transmissor Haemagogus, que pega o vírus de macacos contaminados.

Já na febre amarela urbana a contaminação é pelo mesmo mosquito da dengue, o famoso Aedes aegypti. Como esse mosquito é mais conhecido e já fez várias vítimas por aí, muitas pessoas estão super preocupadas com a doença, mas é preciso calma, por que até agora o que foi divulgado é que as vítimas de febre amarela foram picadas pelo transmissor silvestre mesmo.

E se fala mais da doença entre os meses de dezembro e maio porque é a época de chuvas, aumento da população de mosquitos e, também, o período em que mais pessoas buscam área de matas para férias (como cachoeiras, rios e parques).

Apesar de parecer uma coisa simples, é difícil diagnosticar uma pessoa com febre amarela. Isso porque os médicos falam que os sintomas são discretos, como mal-estar, febre, calafrios, dor de cabeça, dor nas costas, náuseas, vômito, fadiga e fraqueza. Só em casos graves pode haver sangramento pelo nariz, gengiva, hematomas pelo corpo e uma coloração amarelada da pele e dos olhos. Por isso, nunca devemos medicar as crianças em casa, já que um mesmo sintoma pode significar diversas doenças!

A maioria das pessoas infectadas apresenta melhora após três dias, se recupera e cria imunidade contra o vírus. A forma mais grave se manifesta após o paciente apresentar um breve período de bem-estar. Nesses casos, podem ocorrer, cansaço intenso, icterícia (olhos e pele amarelados), insuficiências hepática e renal, manifestações hemorrágicas e até óbito.

O período de incubação da febre amarela é de 15 dias e o tratamento é apenas focado nos sintomas, com repouso e ingestão de bastante líquido.

Se houver alguma dúvida ou o seu filho estiver com qualquer mal-estar diferente vale marcar uma consulta e tirar a dúvida com o pediatra.

Veja mais!