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Otite em bebês: perguntas mais frequentes

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Motivo de queixa nos consultórios pediátricos, a otite em bebês é muito comum. Otite é uma infecção no ouvido que tem três classificações, mas que são diagnosticadas após avaliação médica.

No post de hoje, você saberá a diferença de cada uma das otites e ainda: quais são as causas de otite em bebês, os sintomas, os fatores de riscos e recomendações que ajudam a evitar complicações. Confira!

Perguntas frequentes sobre otite em bebês

Otite em bebês é comum?

A infecção de ouvido ou otite é motivo frequente de visitas em pediatras. Ocorre em todas as idades. Porém, é mais comum em bebês entre 6 e 24 meses de vida. Felizmente, como resultado do aumento do número de crianças vacinadas com a vacina pneumocócica conjugada, já ocorreu uma queda na sua ocorrência.

Quais os tipos de otite?

O tipo infecção de ouvido depende de qual parte do ouvido é acometida. Portanto, podem ser classificadas em:

  • otite externa (mais frequentes em crianças maiores): é uma infecção que vai do canal do ouvido até a membrana do tímpano.
  • otite média: o ouvido médio é uma cavidade preenchida por ar que fica atrás do tímpano e que se comunica com o nariz por meio de um canal chamado tuba auditiva. Por isso, quadros de acúmulo de secreção no nariz, como no caso de resfriados e sinusites, podem fazer a secreção subir ao ouvido médio por meio da tuba auditiva.
  • otite interna: ouvido interno é a porção mais complexa deste órgão, onde ficam a cóclea e o labirinto, responsáveis pela audição e equilíbrio, em contato muito próximo com estruturas nobres como o nervo auditivo e o nervo vestibular. Por isso, infecções nessa região são graves e costumam causar queda na audição e tontura intensa. Esse é o caso menos comum.

Quais as causas de otite em bebês?

Infecções bacterianas ou virais podem ser responsáveis na maioria dos casos. Algumas dessas infecções começam como quadros respiratórios. Em algumas crianças o aparecimento de otite pode estar relacionado com outras condições clínicas pré-existentes. Por isto é importante sempre a avaliação médica.

Quais são os fatores de risco?

  • idade entre 6 e 18 meses, provavelmente devido resultado de fatores como: anatomia em desenvolvimento, predisposição genética e imaturidade imunológica;
  • história familiar
  • berçários: transmissão de infecções bacterianas e/ou virais – não amamentação: bebês que não receberam aleitamento materno ou receberam por curto período (menor que 3 meses) está associado com aumento do risco de infecção de ouvido. O leite materno diminui a colonização bacteriana e tem importante papel na proteção imunológica;
  • cigarro e poluição: exposição, como resultado, aumenta o risco de otite por alteração de micro-organismos existentes na nasofaringe e orofaringe;
  • chupeta: estudos sugerem essa relação;
  • Não vacinação com a vacina pneumocócica;
  • Doenças congênitas como Síndrome de Down;
  • Presença de fenda palatina.

Quando suspeitar que o bebê está com otite?

Bebês em particular podem ter sintomas muito inespecíficos como: febre, irritabilidade, dor de cabeça, apatia, sono agitado, recusa alimentar e, além disso, vômitos. A queixa de dor de ouvido é comum em crianças.

Como eu sei se meu bebê está com ouvido infeccionado?

O diagnóstico é feito sempre após avaliação médica, nesta, além da história clínica, é obrigatória a realização de otoscopia (exame do ouvido). Sempre converse com seu pediatra. Portanto, nas consultas de rotina do bebê é possível trabalharmos para reduzir as chances de otite ao incentivarmos a vacinação, amamentação e avaliarmos cada família e seus hábitos.

Recomendações

  • Procure atendimento médico sempre que seu filho aparentar dor de ouvido. O diagnóstico precoce é a única forma de prevenir complicações;
  • Não se automedique nem siga sugestões de conhecidos para aliviar a dor de ouvido;
  • Proteja o ouvido do bebê contra a entrada de água na hora do banho;
  • Evite o uso de cotonetes que podem retirar a cera protetora do ouvido ou machucá-lo;
  • Limpe, com frequência, as secreções nasais provocadas por gripes e resfriados, a fim de evitar que o catarro se acumule no nariz e na garganta;
  • Não amamente seu bebê deitado. Essa posição favorece a entrada de líquidos na tuba auditiva;
  • Vacine seu filho contra a gripe, o Haemophilus influenzae e o Streptococcus pneumoniae.

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