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Primeiro, segundo, terceiro filho: o que eles têm de diferente?

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Se você, como eu, tem dois filhos, com certeza já deve ter se pegado pensando: vou criar os dois iguais, com o mesmo amor, dando a mesma comida, a mesma educação, as mesmas oportunidades e será que eles serão iguais? Ok, claro que iguais não serão, mas é muito curioso observar certos comportamentos que um tem e outro não.

E todo mundo já ouviu aquelas piadas de “isso é coisa de irmão mais velho”, ou “só é assim pois é o caçulinha”. Aqui em casa ainda não dá muito para saber como eles vão se sair nessa coisa de serem mais velhos ou mais novos, pois o Caê ainda é muito novinho. Mas como não poderia deixar de ser, fui ver o que os especialistas andam dizendo por aí sobre isso.

3 criancas
Photo Credit: Phae via Compfight cc

A primeira coisa que achei muito legal é que tem vários estudos sobre este tema e que muitos fazem comparações com o que ocorria nas primeiras famílias lá da época do homem das cavernas! Naquela época, ser o primeiro filho era um privilégio que garantia comida melhor e mais poder. Isso em geral gerava nos caçulas um desejo de guerra, de lutar por mais privilégios e muitas brigas! Que coisa, não? Agora até aquelas histórias todas de reinados e brigas de família que terminavam em desgraça quase que fazem sentido, hehe.

Voltando para os nossos dias, ainda há muita influência dessa ordem de nascimento porque por mais que os pais não queiram, e tentem fazer tudo igual para os filhos, eles não conseguem. No primeiro a expectativa é diferente e isso se reflete na maneira com que os criamos. Desde a questão dos cuidados (levante a mão quem aqui tem mais de um filho e não notou ser bem mais relax com muitas coisas depois do nascimento do segundo) até a expectativa que depositamos neles.

Para muitos pesquisadores, isso justifica o fato dos primogênitos serem, em geral, mais sérios, responsáveis e conservadores, enquanto os mais novos tendem a ter mais senso de humor, serem mais contestadores, aventureiros e até mesmo rebeldes. E os do meio? Bom, eles costumam ser excelentes mediadores e ótimos em negociações.

Uma outra coisa curiosa que se fala sobre os filhos mais velhos é que eles costumam ser os que aprendem coisas mais rápido, que falam de maneira mais correta e que têm mais preocupação com os pais. Tudo isso seria por conta de, na infância, eles terem convivido mais com adultos. Quando o segundo ou o terceiro filho nascem, eles já prontamente convivem com outra criança, que é o irmão mais velho, e desenvolve seus relacionamentos também com base na interação infantil.

Já sobre o caçula, paira aquela coisa de ser o palhaço que faz as piadas todas da casa, o responsável por animar as festas e reuniões e uma certa pecha de que vai ser sempre o crianção da casa, mesmo que tenha mais facilidade para descolar da barra da saia dos pais. A explicação estaria em um pouco de superproteção ao “pequenininho”, ao menor da casa.

Falando assim, parece que não sobra nada para os filhos do meio, né? Mas não é bem assim. Eles aprendem a ser mais compreensivos, flexíveis e com um senso de justiça bem apurado. Afinal, sabem as dores e as delícias de serem mais velhos que alguém e mais novos também.

Agora, o melhor mesmo é ver nossos filhos crescerem, desenvolverem suas personalidades cada um do seu jeito, não é?

 

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