Criar filhos pequenos envolve a difícil tarefa de lidar com as birras. Elas vão desde momentos simples de desentendimentos até discussões enormes com verdadeiros shows da criança em plena rua, parque, shopping, etc.
No texto abaixo, uma mãe relata sua experiência com birras pra lá de complicadas, mas que ela consegue controlar sem sair do sério. Leia, pois pode ajudar você também num momento como este. Uma livre tradução do site Scary Mommy. Aproveite!
Quando as birras do seu filho estão fora de controle
Por Alicia Mayer
Meu filho faz birras.
Do tipo que faz os amigos desviarem o olhar e até prenderem a respiração.
Do tipo que faz estranhos olharem e se afastarem rapidamente.
Do tipo que faz todos da família chorarem junto.
Mas eu sei que ele não é um garoto mau. Ele é exaustivo, complicado e único. Ele é forte, persistente e inteligente. Ele é gentil, engraçado e doce. E eu sou a pessoa mais sortuda do mundo por ser a mãe dele.
Não é fácil criar uma criança teimosa de dois anos. Mas dentro do meu coração, sei que todos os seus grandes traços de personalidade são o que um dia o fará um homem incrível. Eu vejo a dedicação dele quando estamos com 45 minutos de uma crise de birra. Eu vejo sua persistência quando ele sai correndo pela quinta vez, em vez de cochilar. Eu vejo sua compaixão quando ele finalmente consegue se acalmar e se desculpar por derrubar sua irmã.
Ajudá-lo nessa fase de desenvolvimento tem sido a parte mais exaustiva de sua pequena vida até então. É tudo muito abrangente e desgastante para nós dois. As birras são frequentes, longas, de nível 10 de 10. Em algumas manhãs, começo a apagar incêndios logo às 6h e não paro até às 20h. Mas é isso o que ele precisa de mim. E é o que eu vou fazer. Porque o garotinho que estava jogando sapatos e gritando com toda a força de seus pulmões há 15 minutos agora é o garotinho sentado no meu colo perguntando aos nossos peixes de estimação se eles estão tendo um bom dia. O garotinho que estava gritando no meio da loja agora é o mesmo garotinho que silenciosamente se senta no carro e me pergunta: “O que te faz feliz, mamãe? Carros, trens ou carros de bombeiros !?”
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Meu filho tem uma personalidade maior que sua vida, muitas emoções novas e apenas dois anos e meio nesta terra. Nem sempre é bonito. Há lágrimas, portas trancadas, gritos e respirações profundas (tantas respirações profundas), mas vamos caminhando por essa trilha um dia de cada vez. De alguma forma, vamos passar por esse momento estranho e difícil juntos. E quando o fizermos, olharemos para trás com um suspiro de alívio e também uma enorme sensação de realização. Porque ele e eu precisamos um do outro. Estamos ensinando paciência, consciência e vulnerabilidade. Estamos aprendendo coisas que nunca soubemos um sobre o outro, ou mesmo sobre nós mesmos.
As birras são ruins e as crises são duras. Mas ele ainda é meu doce, doce garoto e eu o amo através das lágrimas, dos gritos e das brigas. E eu sei que não estou sozinha nisso. Existem inúmeras outras mães esgotadas por aí que estão fazendo a mesma coisa. Eles estão passando o dia a dia, aprendendo a apreciar os momentos agradáveis e a navegar pelos terríveis. Tenho certeza de que há dias melhores pela frente, assim como também sei que outra birra épica logo estará chegando.
Então, para os estranhos que tentam distrair e ajudar, agradeço.
Para as outras mães que educadamente nos ignoram sem julgar, eu aprecio vocês.
E para as pessoas que nos criticam ou nos olham com vergonha ou crítica… bem, que se danem.
A maternidade não é uma tarefa fácil, mas lembre-se de que temos muita sorte em tê-la. Mesmo com essas birras.