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Quero engravidar e não consigo, o que faço?

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Essa é uma dúvida muito comum entre as mulheres tentantes: quero engravidar e não consigo, o que fazer?

No post de hoje, o Dr. Alfonso Massaguer, ginecologista e obstetra pelo Hospital das Clínicas e diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) especializada em reprodução assistida vai ajudar esclarecendo algumas dúvidas relacionadas a infertilidade e suas causas. Confira e compartilhe!

Quero engravidar e não consigo, o que faço?

7 dúvidas que incomodam os casais e precisam ser respondidas

Ter um filho não é tão simples como ir em uma loja de brinquedos e comprar uma boneca. E alguns fatores podem contribuir para que um casal tenha dificuldade de engravidar. Nesse caso, é preciso ter calma e saber que o diagnóstico correto do problema pode te ajudar a realizar o sonho da maternidade.

1- O que leva o casal a pensar que é infértil?

Um casal, comumente só descobre a infertilidade quando tenta engravidar e não consegue.

Alguns fatores nas mulheres como: alterações nas tubas uterinas, síndrome dos ovários policísticos que cursa com dificuldade de ovulação e ciclos menstruais irregulares, a endometriose, associada a cólicas menstruais, dor para ter relação e alterações intestinais, levam a pensar na infertilidade.

Já nos homens, aqueles inférteis não costumam ter sintomas.

2- Quando sei que é hora de procurar um especialista?

Se o casal está tendo relações no período fértil sem prevenção e não engravidar, sugiro que após um ano de tentativas procure um especialista, porém, se a mulher tiver mais que 35 anos, a orientação é que procure após seis meses tentando.

Naqueles casais com suspeita de fator que gere infertilidade, ou nas mulheres com mais de 40 anos, é mais prudente já se consultar com um especialista.

3- Quais exames o casal deve fazer?

Lembrando que a avaliação deve ser feita antes de qualquer tratamento por um especialista. Nunca se deve tratar com achismos, pois, baseado em exames laboratoriais e de imagem, o especialista solicitará outros exames conforme a hipótese diagnóstica.

Os exames iniciais para mulheres são: perfil hormonal e ultrassom transvaginal para avaliação da reserva ovariana e histerossalpingografia (exame que avalia as tubas e a cavidade uterina). Para homens o espermograma (pelo menos duas amostras em tempos diferentes) é o principal exame, solicitando outros dependendo do caso.

Leia também: o que é síndrome de ovários policísticos?

4- Quais os principais tratamentos?

Coito programado – Baseia-se na indução da ovulação com medicamentos geralmente via oral e em menor dose, que agem direta ou indiretamente nos ovários estimulando-os a produzir óvulos. Esta indução é monitorada através de ultrassom transvaginal sendo o casal orientado a ter relações no período ideal.

Inseminação artificial – Consiste em concentrar e injetar diretamente os espermatozoides na cavidade uterina após a indução da ovulação com os hormônios. É indicada principalmente em fatores cervicais (colo uterino) e nos casos de alterações discretas no espermograma.

FIV clássica – Também conhecida como “bebê de proveta”. Consiste em indução e maturação dos óvulos com hormônios, coleta dos óvulos e fertilização dos mesmos em laboratório. Ou seja, reunir o óvulo maduro com o espermatozóide para formar um embrião. Após 3 a 5 dias, o embrião é transferido diretamente no útero.

FIV por ICSI – A ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides) é uma técnica na qual um espermatozóide é introduzido diretamente em um óvulo maduro com auxílio de microscópio e micro agulha em laboratório. A ICSI é indicada em casos de fatores masculinos graves.

Congelamento de óvulos ou embriões – Mulheres ou casais que desejem preservar a fertilidade para postergar a maternidade ou previamente ao uso de medicações tóxicas aos óvulos, como a quimioterapia, por exemplo, podem ser submetidos aos tratamentos de FIV com posterior congelamento dos óvulos ou embriões. Homens que serão submetidos a procedimentos cirúrgicos ou quimioterápicos podem também congelar os espermatozoides.

5. Qual o melhor tratamento?

Dependendo do casal, o especialista vai analisar cada caso.

Comumente são indicados para os casos mais simples o Coito Programado e a Inseminação intrauterina, pois, são considerados técnicas de baixa complexidade, já a  FIV e a ICSI, técnicas de alta complexidade são empregadas nos casos em que as demais técnicas não puderam ou poderão solucionar.

6. O tratamento tem efeitos colaterais? Engorda?

Pode acontecer de algumas mulheres apresentarem algumas reações aos hormônios utilizados durante a indução da ovulação, assim como podem reter líquido com o uso dos hormônios, no entanto, ambos efeitos costumam melhorar após a suspensão dos mesmos.

Por períodos curtos, também podem ocorrer dor de cabeça, desconforto abdominal e acne. No entanto, os casais devem ser avaliados previamente ao início do tratamento, sendo os riscos considerados baixos. Daí a importância de avaliação e seguimento por equipe médica especializada.

7. O que pode dificultar o tratamento?

A infertilidade está sempre atrelada a uma causa. Ao longo do tempo afecções como a endometriose e a baixa carga ovariana (ovários enfraquecidos), por exemplo, podem evoluir para uma piora do quadro e dificultar o resultado dos tratamentos. Além disso, outros fatores relacionados ao estilo de vida, como o tabagismo e a obesidade, e principalmente a proximidade dos 40 anos no caso das mulheres podem comprometer os resultados.

Nosso trabalho proporciona a oportunidade ímpar e fascinante de participar e colaborar com a realização do sonho mais importante para a grande maioria das pessoas, o início de uma nova vida e o sonho de ser pai e mãe.

Cada casal que acompanhamos se torna parte de nossa história. A medicina só pode ser exercida em sua plenitude quando a técnica é regida pelo coração.

Nos últimos anos a medicina reprodutiva evoluiu muito e a Clínica Mãe acompanhou essa evolução, contamos com uma equipe multidisciplinar que visa a saúde e o bem-estar da mulher, que são atendidas com os mais elevados padrões de qualidade.

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