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Saiba tudo sobre a vacina contra o HPV

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Tive dois filhos homens, mas depois que decidi fazer do blog um espaço bacana para trocar informações de maternidade, presto atenção inclusive nos assuntos de “meninas”. Aí que esses dias vi que estamos no meio da campanha de vacinação contra o HPV e, mesmo que a vacina seja para as meninas mais velhas, acho importante falarmos desse tema e sabermos mais sobre o vírus e a vacina.

Primeiro vamos ao que você precisa desde já anotar no calendário de saúde da sua filha para não esquecer – mesmo que ela seja bem novinha, já fique com isso em mente, anota no celular, nos alertas do seu Gmail, ou na agenda de papel mesmo, conheço muita gente que se dá bem melhor com elas do que com a tecnologia toda. Desde o começo de 2014, a rede pública de saúde tem disponível a vacina contra o HPV para meninas entre 11 e 13 anos. Agora, no segundo semestre de 2015, foi ampliada a faixa etária para vacinar meninas de 9 a 11 anos. São necessárias três doses da injeção para a imunização ficar completa: a primeira, a segunda depois de seis meses e a terceira depois de 60 meses, ou seja, 5 anos depois da primeira dose.

 

Photo Credit: Direct_Relief via Compfight cc

Essa vacina é muito importante e é muito bom que ela já esteja disponível na rede pública para as meninas, pois o HPV é um vírus muito perigoso. O nome completo dele é virus do papiloma humano e ele pode ficar no corpo da mulher sem dar sinais por muito tempo. Mas é por conta dele que ocorrem cerca de 90% dos casos de câncer de colo de útero, o segundo tipo mais frequente em mulheres, perdendo apenas para o de mama. Os números são bem chocantes: são 290 milhões de mulheres no mundo com HPV e no Brasil as estimativas são de 685 mil mulheres infectadas a cada ano e, destas, 4800 morrem pela evolução para o câncer de colo de útero.

Mas como o HPV se transmite? Há duas: pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual e também de mãe para filho no momento do parto. Aí a gente pensa na camisinha, mas mesmo com ela existe o risco de transmissão ou por meio de carícias ou por conta de feridas que possam existir na região genital de um dos parceiros. Isso significa que os homens também podem ser portadores do HPV. A diferença é que, para eles, as consequências não são tão graves. Por isso que a vacinação é destinada prioritariamente à mulheres e às meninas que estão começando a entrar na puberdade. Fazendo a prevenção antes que elas comecem a vida sexual o Ministério da Saúde espera conseguir em breve ter uma geração em que o câncer de colo do útero não seja mais tão letal e assustador.

No ano passado, foram 4,95 milhões de meninas que tomaram a primeira dose e 2,94 que chegaram também a tomar já a segunda dose. Neste ano, a ideia é atingir mais cerca de 5 milhões de meninas. Além disso, mulheres portadoras do vírus HIV, que facilita a contaminação pelo HPV, também podem receber a vacina de graça tendo de 9 até 26 anos.

A vacina existe desde 2006, foi desenvolvida na Austrália e, nos países onde ela já é administrada faz alguns anos, os casos de infecção pelo HPV foram reduzidos pela metade.

Mas vacina sempre gera polêmica. Qual a reação que causa, efeitos colaterais etc. Aí que no ano passado ocorreram alguns casos de reações que alarmaram muita gente. Na verdade não há nenhum tratamento médico e nem com remédios ou nada que seja de risco zero. O que os especialistas explicam é a vacina é segura mas que, como qualquer outra vacina, existe sim o risco de algum problema, mas é que ele é muito baixo, muito raro, perto dos benefícios que a imunização traz. Na verdade não há nenhum tratamento médico e nem com remédios ou nada que seja de risco zero.

Se você, como a maioria das leitoras ainda tem apenas filhos pequenos e que vão demorar para chegar na idade de tomar a vacina, tomara que até lá a gente já tenha muitos resultados e números bons sobre a redução do HPV entre as mulheres brasileiras.

Fontes:

  • drauziovarella.com.br
  • revistacrescer.com.br
  • saude.gov.br

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