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Teste do pezinho

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Ele é o motivo de desespero e aperto no peito para algumas mães, mas fundamental para a saúde do bebê. Hoje quero falar com vocês um pouco sobre o teste do pezinho.

Esse teste é obrigatório e gratuito em todo o país (isso desde 1992). E não sei se vocês já ouviram falar, mas existem praticamente três versões do exame.

A primeira é aquela mais popular, que anunciam durante algumas campanhas, ela detecta até seis doenças e é oferecida sem nenhum custo pela rede pública.

Já a segunda versão é um pouco mais sofisticada e dá para verificar até dez doenças (mais quatro além do teste básico) e se a mãe quiser ainda existe uma terceira opção, essa bem mais cara e que dá para reconhecer mais de 30 patologias, lembrando que essas duas últimas são pagas e feitas somente na rede particular, ok?

teste do pezinho foto
Photo Credit: Joachim S. Müller via Compfight cc

Sobre o teste

Para fazer o teste (qualquer um dos três) é preciso de uma picadinha no calcanhar do bebê (por isso comentei sobre o desespero de algumas mães). Apesar de a maioria das crianças chorarem, esse exame não causa nenhum problema mais grave, muito pelo contrário, ele vem para ajudar a prevenir várias doenças. Ah, só por curiosidade, o teste é feito no pé porque é uma região de bastante fluxo sanguíneo.

Depois disso, o sangue é colocado num papel que vai para o laboratório. Geralmente em uma semana a mãe já sabe o resultado, mas é normal demorar até 30 dias (fique tranquila).

Ah, o teste do pezinho precisa ser feito entre 48 horas do nascimento e até o 5º dia de vida. Então não se esqueça de procurar um hospital ou uma unidade de saúde entre esses dias, ok? O teste só não é realizado antes porque é importante que o organismo do bebê já esteja funcionando sozinho por algum tempo.

As doenças que detecta

Só por questão de curiosidade, separei abaixo as doenças que o teste do pezinho pode detectar no exame tradicional (os nomes não são tão comuns para nós, mas vale a pena conhecer). Lembrando que infelizmente a maioria delas são bem graves, mas quanto antes diagnosticadas, melhor serão os cuidados que podemos dar aos nossos filhos.

Fenilcetonúria: essa é uma doença que faz com que os alimentos que tenham uma substância chamada fenilalanina intoxique o cérebro, causando retardo mental irreversível. Se diagnosticada, o bebê deve seguir uma alimentação sem a fenilalanina que é encontrada em carnes, trigo e soja, por exemplo;

– Fibrose cística: essa patologia deixa as secreções grossas e pegajosas, então o bebê pode ter infecções respiratórias e gastrointestinais, comprometendo os pulmões e o pâncreas;

– Anemia falciforme e outros tipos de hemoglobinopatias: nesse caso há dificuldade na circulação sanguínea, levando a anemia, infecções e atraso no crescimento;

– Hiperplasia adrenal congênita: quando as glândulas que ficam em cima dos rins não funcionam o bebê recebe esse diagnóstico que infelizmente é genético. Com isso a produção de hormônios cortisol e aldosterona ficam prejudicadas;

– Deficiência de biotinidase: também é uma doença genética e impede que os alimentos sejam processados pelo organismo;

– Hipotireoidismo congênito: ela acontece quando a produção dos hormônios da tireoide é insuficiente e o bebê pode ter retardo mental e de desenvolvimento físico.

Então para reforçar, leve seu filho para fazer o teste do pezinho entre 48 horas após o nascimento até o quinto dia de vida!

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