Categorias: Bebês 0 a 3 meses | bem estar | Cuidados/Saúde

Torcicolo congênito em bebês

Compartilhe:
pin it

Outro dia, estava conversando com uma amiga e ela me contou que a sobrinha dela, que estava com cinco meses, tinha torcicolo congênito. Eu não sabia nada sobre esse assunto e fiquei bastante curiosa, então ela me explicou que não era grave e que tinha um tratamento até que simples, por isso resolvi pesquisar e escrever um pouco mais sobre isso

O torcicolo congênito é um problema ortopédico que aparece em alguns bebês. A palavra congênito indica que é um problema de nascença, que pode ter ocorrido no parto ou na gravidez, mas que não tem a ver com a genética (muitas vezes essas palavras, congênito e genético, são confundidas). O problema é diagnosticado ainda nos primeiro meses de vida e é fácil notar: o bebê tem a cabecinha caída para um dos lados, com o queixo virado para o outro e fica sempre um pouco tortinho. Em geral não causa dor.

torcicolo congenito
Photo Credit: cavale via Compfight cc

O que acontece é que o músculo que sustenta o pescoço fica um pouco mais curto de um lado. Não tem uma causa exata, mas pode ser pela posição que o bebê ficou dentro da barriga ou por uma possível falta de espaço no útero, no caso de bebês grandes. Os médicos notam que isso costuma ocorrer com mais frequência na primeira gestação de uma mulher, mas também não é regra.

Se é um torcicolo mais grave, os movimentos do pescoço podem ficar diminuídos na criança ou até ausentes. E quando não se trata cedo, depois de crescido o bebê pode ter alguma assimetria no rosto, alterações visuais ou deformidades na cabeça.

O tratamento pode ser iniciado logo depois que o médico dá o diagnóstico, feito com exame clínico em que ele observa e apalpa o músculo do pescoço. São exercícios de fisioterapia que devem ser indicados por um profissional e feitos com disciplina e diariamente, mas muitos deles podem ser, depois das indicações, realizados em casa pelos próprios pais. Também há outros estímulos simples, como chamar a atenção da criança com barulhos para direções específicas, mudar a posição de brinquedos do tipo móbile e mesmo do berço, e prestar atenção na postura e nos apoios que o bebê acaba usando para acomodar seu pescoço.

Só estas medidas já conseguem resolver a maioria dos casos.  Em pouquíssimas situações, quando não há melhora após a criança completar um ano, é recomendada uma cirurgia para a correção do problema, que os médicos recomendam que seja feita quando a criança estiver um pouco mais crescida, por volta dos cinco anos de idade.

Uma coisa só que minha amiga comentou é que o pediatra dela demorou para falar sobre isso com a mãe. E a bebê já tinha notadamente a cabeça tortinha nas consultas anteriores. Embora não tenha afetado em nada o tratamento, como em qualquer situação o melhor é começar a corrigir e tratar o quanto antes. Então, se você achar que seu bebê tem a cabecinha um pouquinho torta, não custa perguntar se é normal ou se é preciso você fazer alguma coisa nesse sentido dos estímulos, né?

Veja mais!