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Aborto Espontâneo de Repetição

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É chamado de aborto espontâneo de repetição quando ocorrem 3 ou mais perdas gestacionais com até 24 semanas. Muitas mulheres, mais do que imaginamos, sofre aborto espontâneo. Mas é preciso entender o que está por trás, para tratar assim que possível e evitar novas perdas.

No post de hoje, a nossa colunista, a Dra. Maria do Carmo, explica tudo sobre aborto espontâneo de repetição. Confira!

Aborto Espontâneo de Repetição

A perda gestacional que pode acontecer repetidas vezes pode ocorrer em 15 a 25% das mulheres. Mas, é a repetição do fato que introduz o potencial problema.

De acordo com a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva a perda gestacional de repetição é caracterizada quando ocorre 2 ou mais vezes. Para especialistas europeus, três vezes ou mais, embora a Sociedade Europeia tenha realizado publicação aceitando a definição de duas ou mais perdas “de uma gestação até a viabilidade fetal”, ou seja, até 24 semanas.

Há, porém, toda uma confusão em se definir exatamente do que estamos tratando. Consideram-se situações diferentes se as perdas são consecutivas ou não, se ocorre em qual trimestre da gravidez, se há ou houve previamente um nascimento vivo (ou não), as idades das mulheres, as características dos homens parceiros, os hábitos, entre outros.

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Esta múltipla associação de fatores e riscos dificulta a exatidão do diagnóstico em até mais de 50% das vezes. Também interferindo na escolha das condutas a serem estabelecidas pelos médicos, além de estressar e angustiar às mulheres/casais afetados. É interessante lembrar que 80% dos abortamentos espontâneos ocorrem no primeiro trimestre de gravidez.  Como fatores de risco identificados em mulheres que tiveram alguma perda, os mais comuns são a idade materna e a perda anterior o que varia de acordo com a faixa etária: entre 20 e 30 anos estima-se de 9 a 17%,  aos 35 anos aumenta para 20%, aos 40 anos chega a 40 %  e a partir dos 45 anos atinge 80% das mulheres, devido às alterações cromossômicas relacionadas diretamente a este fator tempo.

A abordagem destes casos de perdas gestacionais de repetição hoje passa por uma escuta cuidadosa da história pessoal e familiar da mulher e do homem, dos hábitos e estilos de vida. Consumo de álcool, sedentarismo, drogas lícitas e ilícitas e fumo podem estar relacionados.  Se por um lado não podemos deixar de avaliar anatomicamente o útero e algumas alterações hormonais da mulher (como da tiroide), exames genéticos e imunológicos em listagem crescente (da mulher e do homem) são hoje relacionados para detectar o problema.

Os exames investigativos, assim como os tratamentos podem resolver, já que as pesquisas voltam-se também cada vez mais para o universo do espermatozoide, ainda com muitas lacunas a serem preenchidas. E, também, todo o psiquismo envolvido nestes casos que não pode ser ignorado.

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