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Baby Blues

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Grande parte das mães com as quais eu converso, amigas ou desconhecidas, me confessam que sofreram de baby blues e que essa foi uma fase muito, muito difícil que elas passaram e que não gostariam de viver isso novamente.

Eu mesma experimentei um pouco de baby blues quando o Leo nasceu e senti na pele o quão complicado e sofrido pode ser isso. Mas o que é afinal o baby blues? Por que ele aparece? O que ele faz a mãe sentir? Ele passa, ou tem cura? Ele traz algum prejuízo para o bebê?

Hoje, vou falar sobre essa espécie de melancolia que muitas mães experimentam depois da chegada de um bebê. E espero, de verdade, que esse post seja útil para diversas mulheres perceberem que não estão sozinhas e que esse sentimento pode ser mais comum do que se imagina.

baby blues
Photo Credit: Vee-vee via Compfight cc

O baby blues também é conhecido como blues puerperal e pode ser confundido com a depressão pós-parto, uma outra condição que afeta algumas mulheres após o nascimento de um bebê. Mas as duas coisas têm causas e efeitos bem diferentes.

A depressão pós-parto é bem mais grave. E em geral não aparece do nada: a mulher muito provavelmente já teve quadros depressivos antes. E essa é uma doença que precisa ser tratada, muitas vezes com medicamentos, e acompanhada de perto por especialistas (psiquiatras e psicólogos). Inclusive um bom obstetra vai investigar ainda na gestação a possibilidade da grávida ter esse problema e estar atento para prevenir ou minimizar suas consequências.

Mas todos os detalhes da depressão pós-parto rendem posts exclusivos, inclusive falo disso um pouco aqui. Então vou me concentrar aqui apenas em fazer esse alerta de que as duas coisas são diferentes e falar mais do baby blues.

Essa tristeza esquisita que aparece logo depois que muitas mulheres têm seus bebês tem uma causa: são as mudanças hormonais que ocorrem durante e depois do parto. Isso significa que, depois que os hormônios se ajustam, o baby blues passa naturalmente. Não precisa de tratamento nenhum e nem causa danos ao bebê.

O que é preciso é de paciência e respeito mesmo. Não só dos outros – seu companheiro, sua mãe, sua sogra, seu pai, seu sogro, irmãos, amigos… – como de você também. Você precisa se dar uma colher de chá, por assim dizer. Não se cobrar de estar feliz 24 horas por dia só porque seu bebê acabou de nascer. Se deixe sentir um pouquinho de melancolia, respeite este seu momento.

Afinal, além de tudo que ocorre no seu corpo, com as novidades da maternidade você fica confusa, sim. Ainda mais se for o seu primeiro filho. Tudo vai mudar mesmo e de um jeito que você pode ler muito e se preparar sempre, mas será muito mais surpreendente do que você poderia imaginar.

Quem está a sua volta, pode ajudar cuidando um pouco do bebê para você tomar banho tranquila, comer com calma, dormir alguns minutos a mais e mesmo ouvir você falar e desabafar, se você sentir necessidade de conversar. Ou dar um ombro e um lencinho se precisar chorar um pouco, também caem bem. Sentir-se acolhida e apoiada nessa hora é o melhor “remédio” de todos possíveis!

Os médicos dizem que o baby blues dura de poucos dias até duas ou três semanas. E não é absoluto, ou seja, em geral você não vai passar as 24 horas do seu dia triste e melancólica, mas sentirá isso por alguns momentos. Então, fique apenas atenta se esse sentimento triste for muito intenso, não te der folga nenhuma durante o dia e se intensificar ou durar muito tempo. Converse com outras mães e com seu médico se achar que algo está anormal e se você se sentir incapaz de cuidar do bebê ou tiver pensamentos ruins sobre você ou seu filho.

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