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Bebês no frio: Para o recém nascido todo cuidado com o frio é pouco

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No texto de hoje, Ale Palazzin e Graziela Faelli, autoras do blog Tempo Mágico, que trata sobre desenvolvimento infantil, vão falar sobre o tema bebês no frio: a importância de manter o bebê sempre aquecido no inverno. E irão explicar, principalmente, a importância, de manter o recém-nascido adequadamente aquecido no já que seu corpo não regula a temperatura sozinho.

Texto muito pertinente para essa época do ano, que o frio tem realmente castigado algumas regiões do Brasil.

Photo Credit: donnierayjones Flickr via Compfight cc

Bebês no frio: Para o recém nascido todo cuidado com o frio é pouco

Por Ale Palazzin e Graziela Faelli, autoras do blog Tempo Mágico

Enquanto estão dentro do útero o corpo dos bebês não têm que trabalhar para manter a temperatura corporal adequada, eles estão dentro de um ambiente bastante controlado e é o corpo da mãe que tem que se esforçar para que tudo fique bem gostosinho lá dentro. Mas a partir do momento que eles saem da barriga, o trabalho passa a ser deles, porém eles nunca fizeram isso antes, e agora?

Quando um organismo se desenvolve há a necessidade de ele ser exposto a uma situação para que aprenda como responderá a ela, e como o bebê, antes de nascer, nunca passou por ambientes de temperaturas diferentes ele não teve que fazer com que o seu corpo se adaptasse a essas diferenças. E por esse motivo demora um tempo até que ele aprenda a fazer isso. Mesmo que o ambiente externo (seja pelas roupas que está vestindo ou pela temperatura do local) o ajude nessa tarefa, ele precisa se ajustar internamente para que o seu corpo funcione bem.

Sendo assim, principalmente quando são recém nascidos, e mais ainda se são prematuros, eles precisam da assistência completa e vigilância dos pais e cuidadores para manter a temperatura corporal adequada. Depois de algumas semanas ele começa a ter algum controle sobre esses ajustes, e só aos 2 anos eles possuem total capacidade de regulá-la. Por isso, é essencial que ele esteja em um ambiente que permita a manutenção da temperatura com o mínimo de esforço. Conforme ele vai se desenvolvendo as suas adaptações são mais eficientes e a energia gasta no processo é menor.

Se as roupas que ele está usando não forem suficientes para mante-los aquecidos em um ambiente frio ele pode ter um  resfriamento excessivo do corpo, o que pode levar a muitas doenças (o metabolismo diminui e os deixam mais suscetíveis e com menos condições de lutar contra os vírus que entrem em contato) e em, casos extremos, ao óbito. Como os bebês ainda não possuem a capacidade de tremer para se esquentar, é mais difícil de perceber que eles estão com frio, principalmente se estiverem dormindo. Eles ficam apáticos, ou seja, se movimentam pouco, pois o metabolismo fica mais lento para reagir a quedas drásticas de temperatura e se movimentar para esquentar. O choro de alerta vem somente quando ele comecar a despertar e a temperatura pode já estar muito abaixo do esperado. Nos prematuros o risco de super resfriamento é maior ainda pois ainda não deu tempo de desenvolveram a gordura corporal marrom, uma proteção natural que só é formada nas últimas semanas de gestação e protege os recém nascidos, mantendo a temperatura corporal interna, assim é necessário um cuidado maior com o ambiente e as roupas adequados.

Pensando em toda a importância que temos no auxílio dos bebês, principalmente nos primeiros meses, na sua termorregulação precisamos ter atenção em alguns aspectos para poder ajuda-los. A primeira coisa é observarmos as roupas que colocamos neles. Um pensamento fácil na hora de vesti-los é que eles tem mais dificuldade para se aquecer então sempre coloque uma camada a mais de roupas do que você está vestindo. Um body ou roupas de baixo ajudam a esquentar a pele do bebê já que elas ficam mais coladinhas ao corpo.  Além disso, como a cabeça é o local onde mais perdemos calor, colocar gorrinhos ajuda-os a manter a temperatura. Com relação ao ambiente ele deve estar de tal forma que um adulto consiga ficar confortável estando levemente vestido, e na rua sempre cobri-los com uma manta, mesmo nos dias mais quentes. Outras dicas que evitam que eles passem frio é evitar colocar em superfícies frias,  tirar as roupas molhadas imediatamente e no banho seca-los rapidamente ou até dividir em duas partes, primeiro lavar o corpo, secar e enrolá-lo em uma toalha e depois lavar a cabecinha.

Vale lembrar que para saber se eles estão com calor ou frio não podemos tomar como referencia a temperatura de mãos e pés porque a circulação periférica deles é menor. O ideal é colocar a mão na barriga, peito e costas sob a roupa, assim podemos verificar realmente qual é a temperatura deles. Outros aspectos podem mostrar se eles estão sentindo frio, são os lábios pálidos (quando são recém nascidos) ou, após algumas semanas de vida, roxos; poucos movimentos; pele pálida.

Como já dissemos lá em cima temos que ter uma vigilância constante sobre eles em relação a isso, e para não passarmos do ponto e colocarmos muita roupa que os esquente demais, o que também é prejudicial. É mais fácil de perceber que eles estão super aquecidos pois fica irritados e choram bastante. E na hora que forem dormir evitar colocar cobertas, pois eles podem se enrolar e não conseguir sair, comprometendo a segurança dos pequenos.

Todo cuidado é pouco com os bebês nesse frio, veja nesse post aqui do Macetes de Mãe algumas dicas de para vestir as crianças nesse inverno.

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Primeiros passinhos – andar mais cedo ou mais tarde interfere na coordenação motora?

Fases do desenvolvimento – por que conhecê-las ajuda a entender melhor a criança

Por Ale Palazzin e Graziela Faelli, autoras do blog Tempo Mágico, que trata sobre desenvolvimento infantil. (Confira também o perfil  no Facebook).
Confira também esses dois vídeo do Canal Macetes de Mãe com dicas para os pequenos enfrentarem o frio:

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