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Exames na gravidez

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Quando engravidamos tem uma série de exames que precisamos fazer ao longo da gestação. No post de hoje, nosso colunista, o Dr. Roberto Antunes, explica quais exames devem ser feitos antes e durante o pré-natal. Confira!

Exames na gravidez que todas as getantes devem fazer

A avaliação materno e fetal durante a gestação deve começar, idealmente até mesmo antes dela se concretizar. Claro que, em muitas vezes, a gestação vem de forma inesperada, mas, quando programada, é sempre válido a realização dos exames pré-concepcionais. Nesse momento, é interessante fazer uma avaliação do status vacinal das mulheres que querem engravidar e colocar o calendário de imunizações em dia.

Além disso, não custa fazer uma pesquisa sobre as principais doenças infecciosas que podem acometer o casal, como HIV, HTLV, sífilis, hepatites, etc. Ainda antes da gravidez, onde devem ser checadas a função renal, pressão arterial, metabolismo da glicose e a função tireoidiana das futuras mamães.

Em casais que possuam idade superior aos 38 anos e naqueles com histórico de doenças genéticas, é recomendado uma avaliação pré-concepcional com um especialista em medicina reprodutiva para definir a necessidade de realizar testes genéticos embrionários pré-implantacionais. Finalizando essa parte de avaliação antes da gravidez, é válido que a futura mamãe esteja com o seu exame preventivo do câncer de colo de útero em dia, assim como sua avaliação mamária.

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Uma vez que a gravidez ocorra, o primeiro passo é se certificar que a gestação se implantou dentro do útero e não fora dele, e, o número de sacos gestacionais e embriões implantados. Além disso, faz-se necessária a suplementação com ácido fólico ou metil folato para diminuir os riscos de malformações do tubo neural fetal idealmente deve ser iniciada antes da quinta semana de gestação e mantida até o final do primeiro trimestre.

A suplementação de derivados do ferro para evitar a anemia, vai variar em seu início, para pacientes que iniciem o pré-natal anêmicas, deve começar de imediato, para outras, deve ser avaliado o melhor momento de início. Na maioria das vezes pode ser feita a partir do término do primeiro trimestre. Ainda no primeiro trimestre da gestação, é feita uma nova rotina laboratorial que inclui avaliação da glicose, tireoide, hemograma completo, pesquisas para toxoplasmose, HIV, sífilis e outras doenças infecto-parasitárias.

Ao longo do primeiro trimestre da gravidez, a avaliação mais importante do bebê se dá entre a 11° e a 13° semanas. Nesse período deve ser feita a avaliação de risco fetal para síndromes genéticas. Esse exame é feito através da avaliação ultrassonográfica onde são avaliados parâmetros fetais como o seu ducto venoso, translucência nucal e osso nasal. Para melhorar a eficácia, muitas vezes se dosa no sangue materno a fração livre do BHCG e o PAPP-A. Esse resultado pode definir a necessidade de se recomendar exames mais invasivos como a biópsia de vilo, amniocentese ou cordocentese para esclarecimento de possíveis síndromes como a Síndrome de Down, por exemplo.

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Atualmente, ainda no primeiro trimestre é possível realizar a pesquisa do sexo do bebê pelo sangue da mãe a partir da 7° semana. Durante o 2° trimestre da gestação, uma nova rotina laboratorial materna deve ser realizada, o destaque é para a pesquisa do diabetes gestacional nessa fase. Esse rastreio é feito através do teste de tolerância oral à glicose. Nesse período é importante também a realização do reforço vacinal para tétano e coqueluche após a 28° semana em pacientes que tenham feito a vacina há mais de cinco anos e a avaliação profilaxia da isoimunização materna para gestantes com tipagem sanguínea fator RH negativo.

Do ponto de vista fetal, o segundo trimestre é fundamental para a avaliação morfológica e cardíaca do bebê. Por fim, a monitoração da pressão arterial deve ser feita com especial cuidado a partir do segundo trimestre, pois é a partir daí que começam a ser detectados os casos de doença hipertensiva específica da gestação, também conhecida como pré-eclâmpsia.

Já no terceiro, e último, trimestre da gestação, devemos seguir todas as precauções anteriores do ponto de vista materno. Orientações sobre como o trabalho de parto ocorre e sobre as contrações de preparo são essenciais para que a mamãe fique tranquila. Nesse momento, do ponto de vista do bebê, é importante que sejam feitas avaliações periódicas de seu peso e crescimento, assim como do bem-estar fetal.

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Tais avaliações serão feitas através de exames chamados de cardiotocografia e ecodoppler fetal. A forma como serão feitos vai variar muito de acordo com a evolução da gravidez e do perfil do obstetra que a estiver acompanhando. Por fim, no momento do parto, independente da escolha da mãe por cesárea ou por um parto normal, o principal ponto é a ser ressaltado é o de que ela deve estar bem assistida por uma equipe obstétrica preparada para conduzir o parto respeitando as escolhas dos pais, mas com bom senso e tranquilidade para indicar as intervenções precisas quando necessárias. Além disso, não abram mão de ter presentes nesse momento um pediatra e um anestesista. Feito isso, é só esperar a chegada do bebê!

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