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Pé plano em crianças

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Você já deve ter escutado falar em pé plano, mas deve conhecer como o nome popular: pé chato. Essa é uma das maiores queixas de pais e mães em relação ao seus filhos. Geralmente, o pé plano não causa prejuízos, mas alguns casos podem progredir e precisar de cirurgia.

Nesse post, nosso colunista, o Dr. João Hollanda, médico ortopedista especialista em cirurgia do joelho e traumatologia esportiva, explica tudo sobre pé plano, ou melhor, pé chato. Confira!

Pé plano em crianças

O pé plano, também conhecido como pé chato, é uma das principais queixa ortopédicas em crianças. Felizmente, na maior parte das vezes esta é apenas uma característica mais marcante na criança, e que não demandará nenhum outro tratamento além da observação.

Desenvolvimento do arco plantar

Ao nascimento, o arco plantar (a curvinha existente embaixo do pé) ainda não está formado. Mais do que isso, existe um acúmulo de gordura no local, que contribui para que o pé se mostre totalmente plano. A partir dos dois anos, o arco começa a se formar, espontaneamente, pelo próprio crescimento da criança. O desenvolvimento do arco se estenderá até ao redor dos seis anos de idade.

Algumas pessoas persistem com o pé plano mesmo quando adultos, o que nem sempre representa um problema. Pés planos que apresentem boa mobilidade e que não sejam dolorosos são considerados fisiológicos, ou seja, nada mais são que uma característica própria da pessoa. Existe uma tendência familiar para o desenvolvimento de pés planos, de forma que pessoas com pés planos mais provavelmente terão filhos com pés planos. Crianças obesas ou com hiperfrouxidão ligamentar também apresentam maior probabilidade de desenvolverem pés planos.

Quando se preocupar?

Ainda que a maior parte dos casos serão considerados pelo ortopedista como “normais”, é importante que se busque uma avaliação especializada, já que existem algumas situações de pés planos patológicos, ou seja, como consequência de algum problema. São situações que indicam que algo está errado, e que mais do que nunca exigirão atenção médica:

– Pés que já desenvolveram o arco plantar e perde este arco, principalmente após oito ou nove anos de idade, pode levar a suspeita de formação de uma barra óssea; pés planos que só se desenvolvem na idade adulta podem ser decorrentes de lesões tendinosas.

– Casos de pés que, além de planos, são rígidos, sem uma mobilidade normal;

– Na presença de dores constantes;

– Na presença de pés assimétricos, ou seja, quando um pé é diferente do outro.

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Tratamento

Muitos pais levam seus filhos ao consultório com a ideia de que os filhos precisarão usar botas ou calçados específicos para a correção do pé plano. Muitos fizeram uso destes calçados na infância, e inclusive muitos referem ter tido melhora.

Atualmente, contudo, estes calçados raramente são utilizados. Além de causarem grandes transtornos psicológicos na criança, sabemos hoje em dia que estes calçados não irão contribuir para a formação do arco plantar e não irão curar o pé plano. O “efeito” que era atribuído a elas na era, de fato, consequência da evolução natural do pé, ou seja, teria ocorrido com ou sem estas órteses. Desta forma, na maior parte dos casos o máximo que será indicado é a observação.

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