.Hoje vamos falar sobre reserva ovariana. Dizem que a fertilidade feminina começa a diminuir após os 30 anos, mas agora com a possibilidade de congelamento de óvulos as chances de engravidar são maiores até mesmo após os 40 anos. Neste post, você vai entender como funciona a reserva ovariana. Confira!
RESERVA OVARIANA DE ÓVULOS
Para entender o conceito de reserva de óvulos dos ovários, é necessário um prévio entendimento da dinâmica fisiológica no organismo feminino. Apenas durante a vida intra-uterina, as mulheres produzem seus óvulos, atingindo seu máximo de produção ao redor da 20ª semana de gestação. Neste momento da gravidez, um pico de 6 a 7 milhões é alcançado e, após isso, vai caindo gradativamente e de modo não uniforme. Ao nascimento, uma menina já possui algo em torno de 1 a 2 milhões e próximo à primeira menstruação, apenas 300 a 400 mil óvulos em seu patrimônio folicular. Daí em diante, entende-se que a perda ocorre de modo mais uniforme até em torno de 35 a 37 anos. À partir daí, por motivos não muito bem compreendidos, há uma certa aceleração no processo de redução da população folicular até que, quando em quantidades bem reduzidas, aproxima-se a menopausa.
Somado a esse fato desfavorável, após 35 anos de idade, em média, observa-se um aumento da proporção dos óvulos de má qualidade e tal conjunção de fatores é responsável pela queda nas possibilidades de gravidez. Nesse contexto, é muito importante se avaliar aquilo que chamamos de ‘reserva folicular ovariana’, que nada mais é do que a quantidade de óvulos restantes nos ovários das mulheres.
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Atualmente, as ferramentas disponíveis para determinar a reserva ovariana incluem a dosagem basal de FSH entre o 2º e 5º dias do ciclo menstrual (exame pouco sensível e pouco eficaz) e, principalmente, a dosagem de AMH (Hormônio Anti Mulleriano) e a realização de ultrassonografia transvaginal para contagem de folículos antrais (CFA).
Esses dois instrumentos (AMH e CFA) são os melhores marcadores e fazem relação com pequenos folículos ovarianos, os folículos antrais. O AMH é produzido por células presentes em tais folículos, chamadas de células da granulosa e tem a função de modular o crescimento folicular. Dosar seus níveis no sangue, nos fornece uma avaliação muito fidedigna da reserva de óvulos, o estado funcional dos ovários. Quanto ao exame ultrassonográfico, nos permite contar de modo direto a quantidade desses folículos antrais.
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Em nossa prática clínica, a avaliação adequada da reserva ovariana se faz necessária não apenas para o especialista em reprodução. Mas também para o ginecologista geral, permitindo desempenhar um bom aconselhamento quanto ao futuro reprodutivo das pacientes.
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