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Setembro Amarelo e o que isso tem a ver com a gente

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Antes que o mês acabe, gostaria de falar do Setembro Amarelo. Você já deve ter ouvido falar que é o mês oficial de prevenção ao suicídio (uma iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria em parceria com o Conselho Federal de Medicina).

Eu já contei AQUI e AQUI que a minha experiência com depressão alguns meses após o nascimento do Caê. Por isso, acho que Setembro Amarelo tem muito a ver com a gente, nós mulheres, mães.

Setembro Amarelo e o que isso tem a ver com a gente


Quem acompanha as redes sociais, com certeza, ouviu falar sobre o Setembro Amarelo, que é o mês oficial de prevenção ao suicídio (uma iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria em parceria com o Conselho Federal de Medicina). 
As mais antigas por aqui com certeza – mas eu fui diagnosticada com depressão alguns meses após o nascimento do Caê. Quando ele tinha 10 meses, vivendo já há 7 em meio ao caos (meus sintomas começaram 3 meses após o nascimento do Caê), eu busquei ajuda. Iniciei um tratamento bem completo – medicação, terapia, exercícios, tempo para mim – e, para meu alívio, os resultados foram sentidos bem rapidamente.
E por que toco nesse assunto agora? Porque depressão leva ao suicídio, porque esse é um mês em que se fala sobre suicídio (para preveni-lo), e porque não é nada raro vermos casos de depressão atrelados ao pós-parto, ao puerpério, aos primeiros meses de vida do bebê (comigo aconteceu, e olha que já era meu segundo filho, supostamente mais fácil).
Então, amigas, fica aqui o meu pedido, o meu alerta: fiquem de olho em vocês mesmas. Fiquem de olho em amigas que acabaram de ter um bebê (ou tiveram há poucos meses). Observem sentimentos e atitudes que demonstrem: apatia, tristeza, medo, reclusão extrema, raiva, oscilação significativa de humor, dentre outros e peça/ofereça ajuda. E mais uma coisa importante de ser dita: não tenha vergonha de assumir esses sentimentos.

Leia também um depoimento de quem teve depressão pós-parto e pediu ajuda

Não tenha vergonha/medo do diagnóstico. Quanto antes ele for feito, antes pode ser iniciado o tratamento e antes aquele sentimento de impotência e tristeza começará a ir embora. Lembro que quando comentei abertamente sobre a minha depressão pós nascimento do Caê ouvi de muita gente: “como você é corajosa por assumir”. Eu não vejo coragem nisso, vejo naturalidade. 
Depressão pós parto não é sinônimo de negligenciar o filho (pode ser até o oposto disso) , depressão não é vergonha, depressão não significa que você é “errada”, “defeituosa”. Depressão é um problema tratável e ter força e suporte para escapar dele é algo que todo mundo merece.
PS: se você teve ou conhece alguém que teve algum episódio de depressão ou sofre dessa doença recorrentemente, comente aqui. Quando entendemos que não estamos sozinhas, que nossas dificuldades são de muita gente, nos sentimos mais humanas, menos “erradas” e conseguimos criar coragem e força para escapar dessa.

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