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As 10 lições que eu tirei da depressão pós-parto

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Já contei aqui que tive depressão pós parto após o nascimento do Caê e, por mais que essa tenha sido uma experiência bem difícil, ela me trouxe alguns importantes aprendizados que hoje compartilho com vocês.

Acho importante dividir um pouco da minha experiência, pois sinto que ela pode ajudar muitas mães que estão passando por isso e não conseguem, ainda, ver uma luz no fim do túnel.

Que o meu aprendizado ajude vocês a se ajudarem. Torço de coração para que as coisas fiquem bem. E no que eu puder colaborar, estou aqui.

o que aprendi com a depressao pos parto
Photo Credit: WanderingtheWorld (www.ChrisFord.com) via Compfight cc

Ninguém tem culpa por se sentir deprimido: se você carrega uma culpa por estar deprimido, largue-a já. A depressão é uma doença e ninguém escolhe estar deprimido. Ela acontece, por uma série de fatores, e não basta não querer estar deprimido para deixar o problema para trás.

Você não precisa se envergonhar por ter/ter tido depressão pós-parto: muitas mães não buscam ajuda porque tem vergonha de assumir que estão deprimidas. É como se elas tivessem a obrigação de se sentirem realizadas, eufóricas por terem tido um bebê e confessar que se sentem deprimidas a tornasse más mães. Mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. Como eu já disse, a depressão pós-parto é uma doença que pode acometer qualquer mãe e isso não a torna “menos mãe” que alguém que não teve o problema.

Quanto antes você identificar o problema e buscar ajuda, melhor: quanto mais cedo você identificar que está deprimida e se tratar melhor para você e sua família. Muitas vezes, até identificamos o problema, mas estamos tão deprimidas que não temos forças para buscar ajuda. Isso realmente é perigoso, já que um quadro de depressão forte não tratado pode trazer consequências seríssimas. Se você desconfia que possa estar deprimida, busque informações a respeito, converse com outras mães que já tenham passado pelo mesmo problema, busque a ajuda de um especialista. Quanto antes você se tratar, antes irá se curar e curtir como merece a chegada do seu bebê.

É importante você ter o apoio e a compreensão de alguém próximo: ter alguém próximo que entenda o seu problema e a apoie na busca da cura é imprescindível. Pode ser o marido, a mãe, a irmã ou uma amiga próxima. O que importa é ser alguém em quem você confie e que esteja do seu lado para dar suporte no seu tratamento.

É importante você aceitar ajuda e respeitar o tratamento: assim que a depressão for confirmada, é importante você aceitar ser tratada e seguir o tratamento que lhe foi prescrito. Muitas mulheres tem preconceito quanto ao uso de medicação, mas em muitos casos de depressão pós-parto ela é necessária e sem ela o problema pode se agravar. Por isso, respeite o diagnóstico e o tratamento do médico, siga à risca as suas orientações e busque se ajudar, tentando relaxar, se cobrar menos, fazer coisas que lhe dão prazer, entre outras coisas. Muitos remédios para depressão pós parto permitem, inclusive, que se amamente enquanto eles são tomados, então, não há motivos para não aceitar o uso de medicamentos caso eles sejam mesmo necessários.

A depressão pós-parto tem cura: acredite, a depressão pós-parto tem cura. Por mais que no auge da depressão a pessoa acredite que tudo está perdido, não veja uma forma de “sair do buraco”, com um tratamento bem feito a melhora vem rápidamente e a cura chega em algum momento.

Depressão não quer dizer que você não ame seu filho: muitas mães tem vergonha de confessar que tem ou tiveram depressão pós-parto com medo de serem vistas como mães que não amam os seus filhos. Mas não é isso que acontece. A mãe pode amar seu filho imensamente, mas mesmo assim se sentir deprimida.

Você não está sozinha e não é a única: saiba que você não é a única mãe do mundo a viver a experiência da depressão pós-parto. Estima-se que 10% de todas as mulheres experimentam esse problema. Assim, se você estiver se sentindo deslocada, uma estranha, por ter depressão pós-parto, pode já parar de pensar dessa forma. Esse é um problema comum, que não desmerece de forma alguma quem passou ou passa por ele.

Essa experiência não fará de você uma péssima mãe: não é porque você teve/tem depressão que você será uma péssima mãe. Você pode estar deprimida e continuar cuidando do seu filho muito bem, com toda dedicação e entrega do mundo. E mesmo que você passe por um período de menor vínculo com o seu filho (que pode acontecer na depressão), assim que você melhorar da doença, com certeza, retomará a relação com ele e terá a chance de se tornar uma mãe maravilhosa.

Quando você sair dela, você verá quão maravilhosa é a sua vida e a sua história: viver e superar uma depressão não é uma experiência fácil, assim, quando você sair dela, sairá fortalecida, acreditando que pode vencer as dificuldades da vida e que vale a pena viver e ser feliz, porque a vida é linda.

Assista ao vídeo no qual eu falo sobre a minha depressão pós-parto:

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