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Bebê irritado e crises de crescimento

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Crise parece ser uma palavra forte quando falamos de crianças, só que esse é o termo usado quando o recém-nascido passa por situações físicas ou emocionais relacionadas ao crescimento.

Sabe quando tudo em casa está bem e do nada a criança fica irritada e chorando sem parar e ninguém sabe o porquê? Esses sinais podem estar ligados a essas tais crises.

Bom, basicamente, as crises dos pequenos são divididas em quatro e aparecem ao longo do primeiro ano de vida. Para conseguir entender melhor o que acontece na cabeça deles, pesquisei um pouco sobre o assunto abaixo separei o que cada fase representa, quais os sinais delas e o que podemos fazer para tentar amenizar a situação (sem grandes estresses, claro). Então, vamos lá?

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Photo Credit: Amy Fleming Flickr via Compfight cc

Primeira crise – aos 3 meses

Nascer já é um momento marcante na vida de qualquer pessoa. Para a mãe por que conseguimos ver e pegar aquela pessoinha que carregamos por nove meses e para o bebê por que ele sai do aconchego da barriga para um mundo cheio de novidades. Mas vocês sabiam que só aos três meses de idade que as crianças percebem que mãe e filho são, na verdade, duas pessoas? Esse período, que é conhecido como simbiótico, é quando o bebê passa a olhar nos nossos olhos, a imitar nossos gestos, a reclamar quando quer alguma coisa (leite ou que troquemos a fralda). E, por isso, o recém-nascido tende a ficar mais, digamos, ansioso nesse período.

Sinais da crise – De um dia para o outro a criança, que parecia ótima, passa a não quer mais mamar, a chorar muito, não ter sono, ficar agitada em qualquer lugar, seja no berço ou no colo. Essa crise dura em torno de 15 dias. Prepare-se!

O que fazer – Se o pediatra não encontrou nenhum problema de saúde, então é bem provável que tudo isso indique só uma crise mesmo. A primeira coisa a fazer é ter calma e muita paciência (sei que não é fácil, já passei por isso duas vezes), mas essas são as únicas coisas que podemos fazer, além de mimar bastante os pequenos.

 

Segunda crise – entre os 5 e 6 meses

Depois de alguns meses de tranquilidade, a segunda crise pode aparecer. E ela tem relação, normalmente, com duas coisas diferentes. A primeira é o fato da mãe ter que se “desapegar” um pouco do bebê para voltar à sua rotina mais “normal” (ainda mais aquelas que devem voltar ao trabalho) e a outra tem relação com a fase da dentição (falei  mais sobre este assunto no post).

Sinais de crise – a criança perde um pouco o apetite e tem dificuldade para dormir.

O que fazer – o pai precisa se fazer mais presente para criar uma relação triangular (pai, mãe e filho) e não existir só a relação mãe-filho.

 

Terceira crise – 8 meses

Talvez esta seja a crise mais intensa e famosa de todas e ela se caracteriza por uma intensa angústia do bebê quando ele se distancia da mãe (esta fase é conhecida como fase da angústia da separação).

Sinais de crise – (Se desse para resumir seria: ninguém mais dorme em casa). A criança pode acordar muitas vezes durante a noite, assustada e chorando. Tudo isso por que o bebê imagina que, ao sairmos de perto do berço, não iremos mais voltar (tadinho!!). E quando o choro começa, às vezes, ele só para com a chegada da mãe mesmo. Além disso, pode haver perda de apetite e momentos de irritação. Essa rotina permanecer por três ou quatro semanas (é isso mesmo!).

O que fazer – evite a troca de cuidadores, se houver, e durante a crise console o bebê sempre! Nesse período, a criança começa a se apegar a algum objeto, como um paninho, ursinho ou chupeta, como se ele representa-se a mãe (esse objeto é conhecido como objeto de transição). Uma dica para acalmar o pequeno é que a mãe abrace um ursinho e depois deixe com o filho, para assim ficar com o cheiro dela e ele não se sentir “desamparado”.

>>> Confira aqui dicas para ajudar o bebê na fase da angústia da separação.

 

Quarta (e última) crise – 1 ano (Ufa!)

Nesta fase a criança já está mais independente, quer andar sozinha, mexer em tudo, só que ela ainda não consegue fazer o que quer e precisa de colo. Por causa dessa “independência frustrada” pode-se dar início a uma crise.

Sinais de crise – basicamente, esses sintomas são iguais aos das demais crises:  o bebê fica irritado, não quer comer direito e também não dorme bem.

O que fazer – estimule a criança a se movimentar mais e ter contato com objetos novos. Aos poucos, com o desenvolvimento da criança, essa fase tende a cessar.

>>> Leia também sobre fases de pico de crescimento e salto de desenvolvimento

O que aprendi com as crises dos meninos aqui em casa

Descobri que, infelizmente, não existe uma receita milagrosa que se encaixe em todas as situações, por isso, é preciso “dançar conforme a música”. O importante é criamos um ambiente saudável e acolhedor para as crianças e não repreendê-las a todo tempo, já que crescer não é mesmo assim tão fácil. Uma coisa importante é sempre comentar com o pediatra sobre essas mudanças de comportamento, para assim ficarmos tranquila quanto à problemas de saúde ou no desenvolvimento dos nossos filhos. A boa notícia é que tudo passa!

 

 

 

 

 

 

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